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Preços mais elevados castigam veículos híbridos

Os automóveis "amigos do ambiente" estão a ser um sucesso a nível mundial, incluindo em Portugal onde, segundo dados da Associação do Comércio Automóvel de Portugal (ACAP), representam já 1% do mercado.

13 de Fevereiro de 2009 às 10:00
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Os automóveis "amigos do ambiente" estão a ser um sucesso a nível mundial, incluindo em Portugal onde, segundo dados da Associação do Comércio Automóvel de Portugal (ACAP), representam já 1% do mercado. Mas será que compensam? A tecnologia utilizada no fabrico destes veículos torna-os, à partida, mais dispendiosos. Assim, os "diesel" e os veículos a gasolina continuam a ser, financeiramente, as melhores opções.

O Negócios confrontou as versões a gasóleo e a gasolina do Renault Mégane, o veículo mais vendido em Portugal no último ano, no segmento dos pequenos familiares, com o Toyota Prius e o Honda Civic Hybrid. Para a simulação, foram considerados os custos suportados pelo proprietário com o imposto único de circulação (IUC) e os encargos com o combustível, usando como referência uma média de 20 mil quilómetros por ano.

Não contabilizando os benefícios que estes veículos trazem para o ambiente, a análise realizada revela que, face ao Mégane a gasóleo, nem o Prius, nem o Civic conseguem mostrar-se competitivos. É que são ambos mais caros no acto da compra - o Prius chega a ser seis mil euros mais dispendioso. Além disso, consomem mais, ou o mesmo, e o preço do combustível (gasolina) é mais caro.

Assim, a opção por um veículo híbrido só faz sentido se estiver indeciso entre esta tecnologia e os tradicionais motores de combustão a gasolina. Mas isto apenas no caso do modelo da Honda. O Civic Hybrid custa quase três mil euros a mais que o Mégane. No entanto, gasta menos. Ainda assim, terá de percorrer mais de 116 mil quilómetros para abater a despesa "extra" inicial. O mesmo é dizer que terá de mantê-lo durante, pelo menos, quase seis anos.

O Toyota Prius não chega a ser opção. É que o modelo híbrido da marca nipónica, o mais vendido a nível mundial, é sempre penalizado nestes "confrontos" pelo seu elevado custo no momento da aquisição. Custa mais de 28 mil euros. Só ao fim de 294 mil quilómetros conseguirá tirar partido do menor consumo.

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