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Pergunta de um milhão de euros: Irá a Fed finalmente subir as taxas de juro?
A subida dos juros pela Reserva Federal dos EUA já esteve para acontecer em diversas alturas. Mas nunca o consenso foi tão grande, como para a reunião de 16 e 17 de Setembro deste ano. Por isso, Kallum Pickering, economista sénior do Berenberg, explica o que a Fed terá de ter em conta na hora da decisão, bem como os possíveis impactos. E deixa uma previsão para o resultado da reunião desta semana.
Há mais de um ano que os investidores tentam prever quando é que a Reserva Federal dos EUA (Fed) irá subir as taxas de juro de referência. Actualmente em mínimos históricos - entre 0% e 0,25% -, este é o último grande vestígio da crise financeira nos EUA. Até há pouco tempo, era quase consensual que o banco central marcaria o passo na reunião de 16 e 17 de Setembro. Mas a instabilidade financeira fez soar alguns alarmes. Desta forma, a pergunta impõe-se: irá a Fed finalmente subir as taxas de juro?
"A turbulência nos mercados financeiros, o abrandamento da China, os riscos dos mercados emergentes, a baixa inflação e os olhares penetrantes do Congresso. É isto que a Fed enfrenta, quando considera subir as taxas de juro de referência pela primeira vez em quase uma década", aponta Kallum Pickering. O economista sénior do Berenberg explica que "uma subida de 25 pontos base é praticamente insignificante em termos económicos, mas seria um sinal importante. Marcaria um grande passo em direcção à normalidade, após a crise que exigiu estímulos monetários inéditos".
Contudo, aponta o especialista, "as perspectivas não são claras. Sendo um banco central focado no emprego e na inflação, a Fed não está a enfrentar uma subida galopante dos preços". Kallum Pickering nota que, "em vez disso, os riscos para a inflação são de sentido negativo, acentuados pelo dólar forte e os baixos preços do petróleo. O objectivo da Fed é desmarcar-se do que tem mantido as taxas de juro perto de zero durante sete anos".
"Internamente, as perspectivas para os EUA são muito positivas. Este será o principal argumento para uma subida dos juros nesta reunião. Contudo, as taxas de juro da Fed têm uma importância além-fronteiras", alerta Kallum Pickering. "O risco de que uma subida da taxa agora possa exacerbar as tensões nos mercados emergentes, que por sua vez poderão ter um impacto negativo a nível global, além das perspectivas para o crescimento mundial, irá pesar na decisão da Fed. Com estes riscos, a Fed deverá optar pela cautela de esperar por águas mais calmas, antes de subir as taxas de juro", conclui.
"A turbulência nos mercados financeiros, o abrandamento da China, os riscos dos mercados emergentes, a baixa inflação e os olhares penetrantes do Congresso. É isto que a Fed enfrenta, quando considera subir as taxas de juro de referência pela primeira vez em quase uma década", aponta Kallum Pickering. O economista sénior do Berenberg explica que "uma subida de 25 pontos base é praticamente insignificante em termos económicos, mas seria um sinal importante. Marcaria um grande passo em direcção à normalidade, após a crise que exigiu estímulos monetários inéditos".
"Internamente, as perspectivas para os EUA são muito positivas. Este será o principal argumento para uma subida dos juros nesta reunião. Contudo, as taxas de juro da Fed têm uma importância além-fronteiras", alerta Kallum Pickering. "O risco de que uma subida da taxa agora possa exacerbar as tensões nos mercados emergentes, que por sua vez poderão ter um impacto negativo a nível global, além das perspectivas para o crescimento mundial, irá pesar na decisão da Fed. Com estes riscos, a Fed deverá optar pela cautela de esperar por águas mais calmas, antes de subir as taxas de juro", conclui.