Notícia
Os onze que se seguem, as novas promessas do investimento
Depois do sucesso dos BRIC, os "Next Eleven" são a nova promessa dos mercados emergentes. Projectados como grandes potências no futuro, o seu potencial como destino de investimento é alto. O risco também. A instabilidade política e a reduzida liquidez das bolsas são apenas dois exemplos.
08 de Agosto de 2008 às 15:27
Quando o assunto é colocar a render o seu dinheiro, quem nunca se questionou sobre qual será a próxima grande oportunidade? O que estará por aí prestes a "rebentar"? Estas e muitas outras perguntas são esperanças naturais de quem, principalmente no último ano, vê as grandes economias mundiais mergulhar numa crise. Nesta procura por histórias novas e frescas, se houve um conceito que nos anos recentes marcou um virar de página na história económica e financeira mundial, esse tema foi os BRIC.
A atractiva sigla, criada pelo banco americano Goldman Sachs, em 2003, agrega quatro países com um crescimento potencial explosivo: Brasil Rússia, Índia e China. O conceito pegou, virou moda e tem dado bons frutos a quem nele aplicou o seu dinheiro. Mas, e depois do sucesso dos BRIC, qual será a "next big thing" (a próxima grande coisa)? Na ausência de bolas de cristal, há uma promessa: os "Next Eleven".
Carimbados com mais uma sigla criativa do Goldman Sachs, os N11 são já hoje uma das maiores promessas de crescimento nos mercados emergentes. Um grupo de 11 países que poderá constituir uma oportunidade para diversificar o destino do seu dinheiro, com retornos potenciais atractivos, mas que, porque reúne mercados tão distintos no grau de desenvolvimento e no tipo cultura, exige prudência.
Bangladesh, Coreia do Sul, Egipto, Filipinas, Indonésia, Irão, México, Nigéria, Paquistão, Turquia e Vietname são os "próximos 11" dos quais se espera que, até 2050, venham a concorrer lado a lado com o G7, com lugar marcado entre as 22 maiores economias do mundo, onde estarão apenas seis países europeus. Portugal e Espanha estão excluídos. O banco americano estima que, até essa data, os N11 venham a equivaler a 67% do produto interno bruto (PIB) do G7. Hoje, representam apenas 12%. Embora ambiciosa, a projecção faz-se valer da realidade recente.
Nos últimos quatro anos, estes países tiveram um crescimento real médio de 5,7%, mais do que duplicando a Europa (2,53%) e ficando perto de repetir o feito com os Estados Unidos (2,95%).
Elevado é ainda o ritmo de expansão populacional. A taxa média de crescimento, nos últimos quatro anos, foi de 1,45%. A população da União Europeia cresceu apenas 0,15% ao ano. Números apelativos ao investimento de empresas estrangeiras, assim como benéficos para a actividade empresarial doméstica. Factores que, a médio prazo, são decisivos para a diminuição do desemprego, um incentivo à melhoria do consumo das famílias. E que, nesta ebulição da actividade empresarial e do rendimento "per capita", são ainda ingredientes naturais à expansão e dinamização dos respectivos mercados de capitais.
O potencial do N11 está à vista. Contudo, este último "grito da moda" das finanças mundiais tem muitos 'senãos'. Mercados de capitais de baixa liquidez, instabilidade política, elevada inflação, desequilíbrio nas contas públicas e deficiente desenvolvimento social são os mais comuns a todos.
Para a Goldman Sachs, os mais estáveis e com maiores perspectivas de vierem a replicar o sucesso dos BRIC, são o México e a Coreia do Sul. O seu maior rendimento "per capita", desenvolvimento social e liquidez de mercado garantem-lhe os estatuto de "estrelas" entre os N11.
Para quem não tem necessidades de capital a médio prazo e não quer apanhar o comboio dos próximos 11 logo na primeira paragem, os 'senãos' poderão não ser suficientes para superar o potencial reconhecido a estes mercados em emergência. Será, contudo, necessário uma boa dose de risco e consciência.
Os N11
O forte potencial de expansão económica é o principal elemento de união dos 11 países que constituem a nova promessa entre os mercados emergentes. No entanto, há muitos factores que os distinguem. Conheça alguns dos indicadores que fazem o retrato dos "Next11".
A atractiva sigla, criada pelo banco americano Goldman Sachs, em 2003, agrega quatro países com um crescimento potencial explosivo: Brasil Rússia, Índia e China. O conceito pegou, virou moda e tem dado bons frutos a quem nele aplicou o seu dinheiro. Mas, e depois do sucesso dos BRIC, qual será a "next big thing" (a próxima grande coisa)? Na ausência de bolas de cristal, há uma promessa: os "Next Eleven".
Bangladesh, Coreia do Sul, Egipto, Filipinas, Indonésia, Irão, México, Nigéria, Paquistão, Turquia e Vietname são os "próximos 11" dos quais se espera que, até 2050, venham a concorrer lado a lado com o G7, com lugar marcado entre as 22 maiores economias do mundo, onde estarão apenas seis países europeus. Portugal e Espanha estão excluídos. O banco americano estima que, até essa data, os N11 venham a equivaler a 67% do produto interno bruto (PIB) do G7. Hoje, representam apenas 12%. Embora ambiciosa, a projecção faz-se valer da realidade recente.
Nos últimos quatro anos, estes países tiveram um crescimento real médio de 5,7%, mais do que duplicando a Europa (2,53%) e ficando perto de repetir o feito com os Estados Unidos (2,95%).
Elevado é ainda o ritmo de expansão populacional. A taxa média de crescimento, nos últimos quatro anos, foi de 1,45%. A população da União Europeia cresceu apenas 0,15% ao ano. Números apelativos ao investimento de empresas estrangeiras, assim como benéficos para a actividade empresarial doméstica. Factores que, a médio prazo, são decisivos para a diminuição do desemprego, um incentivo à melhoria do consumo das famílias. E que, nesta ebulição da actividade empresarial e do rendimento "per capita", são ainda ingredientes naturais à expansão e dinamização dos respectivos mercados de capitais.
O potencial do N11 está à vista. Contudo, este último "grito da moda" das finanças mundiais tem muitos 'senãos'. Mercados de capitais de baixa liquidez, instabilidade política, elevada inflação, desequilíbrio nas contas públicas e deficiente desenvolvimento social são os mais comuns a todos.
Para a Goldman Sachs, os mais estáveis e com maiores perspectivas de vierem a replicar o sucesso dos BRIC, são o México e a Coreia do Sul. O seu maior rendimento "per capita", desenvolvimento social e liquidez de mercado garantem-lhe os estatuto de "estrelas" entre os N11.
Para quem não tem necessidades de capital a médio prazo e não quer apanhar o comboio dos próximos 11 logo na primeira paragem, os 'senãos' poderão não ser suficientes para superar o potencial reconhecido a estes mercados em emergência. Será, contudo, necessário uma boa dose de risco e consciência.
Os N11
O forte potencial de expansão económica é o principal elemento de união dos 11 países que constituem a nova promessa entre os mercados emergentes. No entanto, há muitos factores que os distinguem. Conheça alguns dos indicadores que fazem o retrato dos "Next11".