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o que dizem os gestores de fundos

Cautela e selectividade são as palavras que dominam o discurso do Santander Gestão de Activos quando se fala do investimento em acções norte-americanas. Para a casa de investimento, qualquer decisão para...

13 de Maio de 2009 às 10:20
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Santander Gestão de Activos
Investimento exige cautela e selectividade

Cautela e selectividade são as palavras que dominam o discurso do Santander Gestão de Activos quando se fala do investimento em acções norte-americanas. Para a casa de investimento, qualquer decisão para apostar no mercado accionista norte-americano deve ser encarada como uma escolha em activos de risco. Ainda assim, o Santander não tem dúvidas: as acções negoceiam a múltiplos historicamente baixos e representam uma oportunidade atractiva de investimento a médio e longo prazo.

Num momento em que a economia americana ainda tem vários problemas por resolver, o Santander Gestão de Activos recomenda que o investimento em títulos de empresas dos EUA seja feito "numa óptica de médio e longo prazo e dentro de uma política de investimento, quer de diversificação geográfica da exposição a acções, quer de diversificação de produto: crédito, imobiliário, taxa fixa". Os sectores mais defensivos e empresas com maior solidez financeira continuam a recolher as preferências da instituição. "Empresas produtoras de bens de primeira necessidade como as eléctricas, águas, telecoms e farmacêuticas, sendo este último sector, em conjunto com as tecnológicas, as empresas que nos parecem deter o melhor perfil de solidez financeira", explicou a mesma fonte.

Apesar do surgimento de alguns sinais de estabilização na economia norte-americana nos primeiros meses do ano, continuam a existir "alguns focos de risco, que terão que ser solucionados nos próximos seis a oito meses". A estabilização do sector imobiliário, as questões relacionadas com o emprego e os riscos de deflação, devido ao acumular das reservas, são os principais problemas apontados pelo Santander, que ameaçam mesmo atrasar o ritmo de recuperação do país.


Nome: Eirk Rubingh
Cargo: Gestor do Millennium Acções Amé.

Acções "value" com melhores oportunidades

As fortes quedas dos mercados accionistas desde o início da crise, atiraram os múltiplos de avaliação para níveis atractivos, abrindo boas oportunidades de investimento, nomeadamente nas acções "value", considera Erik Rubingh. O gestor do Millennium Acções América está confiante que estes activos vão apresentar melhor desempenho. Quanto aos riscos, o sector financeiro continua no centro das preocupações, apesar de acreditar que há espaço para maiores subidas nas bolsas.

"Considerando a aparente estabilização dos indicadores macro-económicos e os baixos níveis de valorização dos mercados, penso que ainda existe espaço para maiores subidas, nomeadamente nas acções value (defensivas)", adiantou o gestor do Millennium bcp. Porém, lembra que permanecem riscos e "se se verificar uma deterioração adicional do sistema financeiro, poderão ser novamente atingidos os níveis mínimos de Março".

Tal como a maioria dos especialistas, também Erik Rubingh prevê que os Estados Unidos sejam o primeiro país a sair da crise. Os planos agressivos de estímulo económico-financeiro lançados pelas autoridades norte-americanas são apontados como o principal factor para a recuperação mais rápida dos EUA. "Depois de muito pessimismo, os investidores parecem já perspectivas que os EUA ultrapassaram o pior e começam já a antever melhorias", realçou o responsável.
Apesar de ver sinais de estabilização nas obrigações hipotecárias, o gestor considera que "existem nos balanços outros activos ainda problemáticos (hipotecas comerciais)". No entanto, Erik Rubingh conclui realçando que as autoridades do país já mostraram que estão prontas para apoiar as instituições em dificuldade.


Nome: Ricardo Graça Santos
Cargo: Gestor da ESAF

Tecnológicassão as mais resistentes

Apesar do nível de incerteza na economia americana continuar elevado, Ricardo Graça Santos defende que há empresas de grande qualidade no país, que constituem excelentes oportunidades de investimento. O sector das tecnologias é um exemplo disso mesmo. O gestor da ESAF prevê que as medidas implementadas nos EUA para acelerar uma retoma, possam sustentar uma recuperação mais para o final do ano.

"Estando as expectativas económicas e de resultados das empresas já bastante baixas para esta primeira metade do ano e considerando o aliviar dos problemas sistémicos ao nível financeiro, consideramos que há condições nos próximos meses para um ambiente mais favorável para os mercados", salientou o gestor ao Negócios. Para Graça Santos, o desempenho das bolsas vai estar muito dependente dos resultados das medidas tomadas para revitalizar a economia. Ainda assim, o responsável acredita que a economia americana "terá condições para mais rapidamente evidenciar sinais de recuperação".

Apesar dos riscos que pesam sobre os EUA, o gestor considera que há boas oportunidades de investimento no sector tecnológico. "O sector de tecnologia, sobretudo nas empresas de 'franchise' mais forte, constitui a nossa maior aposta actualmente porque apresenta uma solidez financeira entre as melhores do mercado e apresenta bastante resistência ao ambiente económico actual". Já o sector automóvel continua com muitos problemas estruturais por resolver.

Mas é com o emprego que o gestor está mais preocupado. Graça Santos realça que "o problema mais difícil e de resolução mais prolongada será o aumento do desemprego e, relacionado com isto, o impacto das debilidades estruturais da indústria automóvel americana na sua potencial escalada".


Nome: John Carey
Cargo: Responsável pelo US Pioneer Fund
EUA vão recuperar mais cedo e depressa

Uma excelente altura para investir em acções dos Estados Unidos. É assim que John Carey, responsável pelo U.S. Pioneer Fund, analisa a aposta nos mercados accionistas americanos. Com os investidores a regressarem aos poucos ao mercado, o responsável considera que as bolsas têm estado a construir nos últimos meses uma base para registar novos máximos. Quanto à recuperação da economia americana, Carey não tem a menor dúvida que vai recuperar "mais cedo e mais depressa".

"Eu não posso realmente prever como o mercado se vai comportar, uma vez que há tantas variáveis desconhecidas, mas eu penso que o mercado vai estar consideravelmente mais alto dentro de um ano", realçou o gestor da Pioneer especializado em acções americanas. Para Carey, o excesso de liquidez e a vontade por parte dos investidores para regressar aos mercados accionistas poderá suportar uma subida das acções.

Apesar do bom momento para apostar em acções americanas, o gestor da Pioneer recomenda "paciência" e adianta que, no curto prazo, poderão surgir notícias menos positivas, nomeadamente nos sectores financeiro e automóvel. No entanto, o especialista destaca também que começam a surgir sinais estabilizadores na economia, com a confiança dos consumidores a aumentar e o mercado imobiliário a revelar algumas melhorias.

Os agressivos programas de estímulo económico executados pelas autoridades norte-americanas para animar a economia e as medidas impostas pelas próprias empresas vão permitir aos Estados Unidos retomar mais rapidamente que o resto do mundo, o que deverá ter um reflexo nos mercados accionistas do país, adiantou o gestor do U.S. Pioneer Fund.




Os investidores que pretendam investir em acções americanas dispõem de vários fundos de investimento, que apostam na região. Antes de investir, é necessário avaliar os riscos e verificar quais são os activos com os melhores retornos. Escolhemos quatro fundos com a melhor rentabilidade e o melhor "rating".

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