Notícia
O mundo WEB no écrã do telemóvel
A possibilidade de aceder à Internet no telemóvel já existe há alguns anos. Mas só as tarifas planas colocaram Portugal entre os países da Europa com melhores preços nesta área.
06 de Junho de 2008 às 17:11
O acesso à Internet no telemóvel não é novidade e faz parte das funcionalidades dos terminais há alguns anos. Mas a taxa de utilização era reduzida devido à baixa velocidade garantida pelas redes e ao custo elevado. Não era preciso navegar durante muito tempo para que a conta a pagar ao operador fosse logo acrescida de forma substancial, sobretudo se as páginas acedidas fossem “pesadas”, com muito conteúdo multimédia.
E usar o telemóvel como “modem” para ligar o computador à Internet era impensável, a menos que quisesse acumular várias centenas de euros na factura. Especialmente se não fosse previdente, desligando actualizações automáticas e limitando os “downloads” de correio electrónico.
Mas, o que começou por ser um luxo de executivos sem problemas em pagar a conta do telemóvel no fim do mês, é agora um serviço barato e acessível que se afirma como uma alternativa viável à maçada de ter de ligar o computador ou ir a um cibercafé para ver o “webmail” ou navegar em algumas páginas “web” à procura de informação.
Tarifas planas
As operadoras móveis perceberam que este era mais um filão a explorar para aumentar a receita média por utilizador e a TMN foi a primeira a avançar, no ano passado, com uma tarifa plana mensal e um tecto máximo diário, que não excede um euro de consumo desde que o tráfego de dados não ultrapasse os 10 Mbytes.
A oferta foi replicada pela Optimus e a Vodafone, complementando os serviços de Internet móvel de banda larga que se dirigem a quem tem um consumo intensivo e acede normalmente através do computador portátil à Internet.
Os preços são iguais em todos os operadores e estabelecem um tecto máximo de 0,99 euros por dia, ou de 7,5 euros por mês para usos mais frequentes. O modo de adesão varia entre os operadores, sendo que a Optimus e a Vodafone têm o acesso diário pré-definido, não sendo necessária qualquer adesão prévia, enquanto a TMN exige adesão em qualquer dos modelos. Note, porém, que estes tarifários não podem ser escolhidos em contas exclusivamente de dados, como as assinaturas de Internet de banda larga móvel.
Adaptação Web
Embora o acesso à Internet no telemóvel possa ser considerado apenas mais uma forma de lazer – em vez de jogos os utilizadores navegam em páginas, acedem aos seus blogues, músicas e vídeos – há, também, componentes de produtividade a explorar, como a possibilidade de ver o “webmail” ou, até, utilizar o Messenger para se manter em contacto com um grupo de trabalho. Os serviços são sempre complementares a outros que as operadoras móveis já disponibilizam, como os portais Wap (o i9 da TMN, Live da Vodafone e o Zone da Optimus) e o acesso a “email”, até com soluções mais profissionais sustentadas em Windows Mobile ou em Blackberry.
A ligação no telemóvel é teoricamente possível em todos os terminais 3G que tenham um “browser” próprio ou que suportem a instalação de um navegador fornecido pelo operador. A Optimus e a TMN disponibilizam o “Opera mini” para ser instalado nos terminais compatíveis, com a vantagem de esta aplicação adaptar a visualização dos “sites” à dimensão diminuta dos telemóveis, já que a grande maioria foi criada a pensar nos ecrãs de computador.
A melhor experiência de navegação é conseguida através de telemóveis de ecrãs mais generosos e com “browsers” HTML, semelhantes aos que usamos no PC, onde a navegação Web é mais rápida. Existem já vários modelos com estas características à venda no mercado, como pode ver nestas páginas. Porém, não vale a pena iludirmo-nos e, por muito que o telemóvel suporte já 3G ou 3,5G, as páginas demoram algum tempo a abrir e, se tiverem muito conteúdo multimédia ou “frames”, são difíceis de navegar a partir do telefone. É que, por muito grande que seja o ecrã, não ultrapassa as três polegadas, menos de um quarto do tamanho normal de um “notebook” que normalmente tem um ecrã de mais de 12 polegadas.
Como em outros hábitos de consumo, depois de se experimentar é difícil dispensar a possibilidade de aceder à Internet em qualquer lugar, sem ter de trazer equipamentos adicionais, como o computador portátil. Mas, mesmo com as tarifas planas, há que ter em atenção os limites de tráfego de cada um dos pacotes da oferta. Para os planos diários os operadores estabeleceram limites de 10 Mbytes e para os mensais 100 Mbytes.
Pelas contas dos operadores este valor é suficiente para aceder a mil páginas web por mês, ver dois mil “emails” e efectuar 50 “downloads” de músicas completas. É preciso, porém, estar atento para não ultrapassar o “plafond” definido, porque neste caso a conta ficará mais cara.
Entre a oferta disponível no mercado, há diversos aspectos que convém ter em conta antes de fazer a sua escolha.
Compare os cinco modelos que escolhemos e faça a sua opção.
A meio caminho entre um PDA e um Smartphone, o HTC P3600 tem várias vantagens para quem quer navegar na Internet. Para além de um ecrã sensível ao toque, que facilita a orientação na página web, o terminal suporta velocidades até 1,8 Mbps (HSDPA) e permite ligações a redes sem fios Wi-Fi que podem substituir, com vantagem, a rede móvel quando está dentro do alcance de uma destas ligações. O GPS integrado é um bónus para quem gosta de usar o terminal como navegador de bolso.
O teclado completo torna este telemóvel da Nokia um mimo para quem está farto de ter de procurar as teclas certas para escrever mensagens. A companhia do ecrã – que ganha em largura embora perca em altura face a outros modelos sem teclados – é razoável para navegar, com a vantagem do “browser” incluído ter uma funcionalidade de indicação da localização na página “web” que ajuda a que não se perca entre os conteúdos de texto, publicidade e imagens que inundam os “websites” visitados.
Também com ligação Wi-Fi a dispensar o acesso 3G ou a complementá-lo, o Sony Ericsson P1i assegura uma boa combinação entre trabalho e lazer e não irá deformar os bolsos do casaco com o peso e o tamanho. Este terminal tem sistema operativo Symbian e algumas funcionalidades interessantes, como a possibilidade de instalar o iSkoot para fazer e receber chamadas de VoIP com o Skype. Para o lazer não falta o leitor de MP3, de vídeo e a câmara fotográfia, embora limitada a 3,1 Mega pixels.
Ninguém se pode queixar de que o ecrã do Samsung i640v não é grande. É claro que não equivale ao de um PC, mas tem largura suficiente para suportar a navegação em “sites web” mais arrojados, mas com algumas limitações no que respeita à qualidade de imagem. De resto, as características deste modelo são bastante semelhantes a outros modelos que aqui apresentamos, sendo que tem a vantagem de ostentar o preço mais baixo de todos, uma característica sempre importante.
As vantagens do “push mail” da Blackberry, um serviço suportado pelos três operadores móveis nas ofertas empresariais, distinguem o Blackberry Curve que também não fica mal no retrato de bom suporte para navegador de Internet. O “browser” deste modelo é rápido e o ecrã tem uma dimensão equivalente ao Nokia e61i, com qualidade TFT, ganhando com a apresentação de um teclado integral. O modelo é também um pequeno escritório portátil mas não ignora a câmara fotográfica (de 2 Megapixels).
E usar o telemóvel como “modem” para ligar o computador à Internet era impensável, a menos que quisesse acumular várias centenas de euros na factura. Especialmente se não fosse previdente, desligando actualizações automáticas e limitando os “downloads” de correio electrónico.
Tarifas planas
As operadoras móveis perceberam que este era mais um filão a explorar para aumentar a receita média por utilizador e a TMN foi a primeira a avançar, no ano passado, com uma tarifa plana mensal e um tecto máximo diário, que não excede um euro de consumo desde que o tráfego de dados não ultrapasse os 10 Mbytes.
A oferta foi replicada pela Optimus e a Vodafone, complementando os serviços de Internet móvel de banda larga que se dirigem a quem tem um consumo intensivo e acede normalmente através do computador portátil à Internet.
Os preços são iguais em todos os operadores e estabelecem um tecto máximo de 0,99 euros por dia, ou de 7,5 euros por mês para usos mais frequentes. O modo de adesão varia entre os operadores, sendo que a Optimus e a Vodafone têm o acesso diário pré-definido, não sendo necessária qualquer adesão prévia, enquanto a TMN exige adesão em qualquer dos modelos. Note, porém, que estes tarifários não podem ser escolhidos em contas exclusivamente de dados, como as assinaturas de Internet de banda larga móvel.
Adaptação Web
Embora o acesso à Internet no telemóvel possa ser considerado apenas mais uma forma de lazer – em vez de jogos os utilizadores navegam em páginas, acedem aos seus blogues, músicas e vídeos – há, também, componentes de produtividade a explorar, como a possibilidade de ver o “webmail” ou, até, utilizar o Messenger para se manter em contacto com um grupo de trabalho. Os serviços são sempre complementares a outros que as operadoras móveis já disponibilizam, como os portais Wap (o i9 da TMN, Live da Vodafone e o Zone da Optimus) e o acesso a “email”, até com soluções mais profissionais sustentadas em Windows Mobile ou em Blackberry.
A ligação no telemóvel é teoricamente possível em todos os terminais 3G que tenham um “browser” próprio ou que suportem a instalação de um navegador fornecido pelo operador. A Optimus e a TMN disponibilizam o “Opera mini” para ser instalado nos terminais compatíveis, com a vantagem de esta aplicação adaptar a visualização dos “sites” à dimensão diminuta dos telemóveis, já que a grande maioria foi criada a pensar nos ecrãs de computador.
A melhor experiência de navegação é conseguida através de telemóveis de ecrãs mais generosos e com “browsers” HTML, semelhantes aos que usamos no PC, onde a navegação Web é mais rápida. Existem já vários modelos com estas características à venda no mercado, como pode ver nestas páginas. Porém, não vale a pena iludirmo-nos e, por muito que o telemóvel suporte já 3G ou 3,5G, as páginas demoram algum tempo a abrir e, se tiverem muito conteúdo multimédia ou “frames”, são difíceis de navegar a partir do telefone. É que, por muito grande que seja o ecrã, não ultrapassa as três polegadas, menos de um quarto do tamanho normal de um “notebook” que normalmente tem um ecrã de mais de 12 polegadas.
Como em outros hábitos de consumo, depois de se experimentar é difícil dispensar a possibilidade de aceder à Internet em qualquer lugar, sem ter de trazer equipamentos adicionais, como o computador portátil. Mas, mesmo com as tarifas planas, há que ter em atenção os limites de tráfego de cada um dos pacotes da oferta. Para os planos diários os operadores estabeleceram limites de 10 Mbytes e para os mensais 100 Mbytes.
Pelas contas dos operadores este valor é suficiente para aceder a mil páginas web por mês, ver dois mil “emails” e efectuar 50 “downloads” de músicas completas. É preciso, porém, estar atento para não ultrapassar o “plafond” definido, porque neste caso a conta ficará mais cara.
Todos juntos nos conteúdos |
| Para quem não quer ficar limitado às ofertas de informação, música ou serviços dos portais dos operadores mas também não quer navegar na Internet como se estivesse no PC foi criada uma alternativa, o portal DIMO. Resultado de uma parceria entre a Optimus, TMN e Vodafone, o DIMO é um portal onde os produtores de conteúdos para telemóveis podem colocar as suas aplicações, sejam jogos, toques, música ou informação, que é acessível através do “browser” do telefone. O directório está organizado por categorias e permite encontrar de forma rápida o conteúdo ou informação que pretende. |
Pagar ao dia ou ao mês? |
| Se o acesso Internet for pontual e acontecer apenas em alguns dias do mês, vale a pena optar pela tarifa diária, mas se ultrapassar os sete dias já compensa o plano mensal. |
Oferta nos três operadores móveis |
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Cinco Telemóveis para navegar sem precisar de lupa
Entre a oferta disponível no mercado, há diversos aspectos que convém ter em conta antes de fazer a sua escolha.
Compare os cinco modelos que escolhemos e faça a sua opção.
A vantagem do ecrã de toque
 | Modelo: HTC P3600 Preço: 569 € na TMN |
A meio caminho entre um PDA e um Smartphone, o HTC P3600 tem várias vantagens para quem quer navegar na Internet. Para além de um ecrã sensível ao toque, que facilita a orientação na página web, o terminal suporta velocidades até 1,8 Mbps (HSDPA) e permite ligações a redes sem fios Wi-Fi que podem substituir, com vantagem, a rede móvel quando está dentro do alcance de uma destas ligações. O GPS integrado é um bónus para quem gosta de usar o terminal como navegador de bolso.
Solução com teclado completo
 | Modelo: Nokia e61i Preço: 409,9 € na TMN |
O teclado completo torna este telemóvel da Nokia um mimo para quem está farto de ter de procurar as teclas certas para escrever mensagens. A companhia do ecrã – que ganha em largura embora perca em altura face a outros modelos sem teclados – é razoável para navegar, com a vantagem do “browser” incluído ter uma funcionalidade de indicação da localização na página “web” que ajuda a que não se perca entre os conteúdos de texto, publicidade e imagens que inundam os “websites” visitados.
Toda a “web” sem fios
 | Modelo: Sony Ericsson P1i Preço: 409,9 € livre de operador |
Também com ligação Wi-Fi a dispensar o acesso 3G ou a complementá-lo, o Sony Ericsson P1i assegura uma boa combinação entre trabalho e lazer e não irá deformar os bolsos do casaco com o peso e o tamanho. Este terminal tem sistema operativo Symbian e algumas funcionalidades interessantes, como a possibilidade de instalar o iSkoot para fazer e receber chamadas de VoIP com o Skype. Para o lazer não falta o leitor de MP3, de vídeo e a câmara fotográfia, embora limitada a 3,1 Mega pixels.
“Browser” alinhado
 | Modelo: Samsung i640v Preço: 339,9 € na Vodafone |
Ninguém se pode queixar de que o ecrã do Samsung i640v não é grande. É claro que não equivale ao de um PC, mas tem largura suficiente para suportar a navegação em “sites web” mais arrojados, mas com algumas limitações no que respeita à qualidade de imagem. De resto, as características deste modelo são bastante semelhantes a outros modelos que aqui apresentamos, sendo que tem a vantagem de ostentar o preço mais baixo de todos, uma característica sempre importante.
Prioridade ao “e-mail”
 | Modelo: Blackberry Curve 8310 Preço: 409,9 € na TMN |
As vantagens do “push mail” da Blackberry, um serviço suportado pelos três operadores móveis nas ofertas empresariais, distinguem o Blackberry Curve que também não fica mal no retrato de bom suporte para navegador de Internet. O “browser” deste modelo é rápido e o ecrã tem uma dimensão equivalente ao Nokia e61i, com qualidade TFT, ganhando com a apresentação de um teclado integral. O modelo é também um pequeno escritório portátil mas não ignora a câmara fotográfica (de 2 Megapixels).
