Notícia
Literacia financeira dos alunos portugueses está em linha com a OCDE
Quando confrontados com determinados termos financeiros, os alunos sabem o significado de seis numa lista de 16 e a maioria sabe o que significam, por exemplo, os termos "salário", "empréstimo bancário" ou "orçamento".
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27 de Junho de 2024 às 15:20
A literacia financeira dos alunos em Portugal está em linha com a média da OCDE, mas os jovens portugueses, apesar de terem menos contacto com produtos e atividades financeiras digitais, destacam-se quando toca a comparar preços.
A conclusão resulta da avaliação da literacia financeira no âmbito do PISA 2022, que avalia o desempenho dos alunos de 15 anos em diferentes dimensões, e cujos resultados foram divulgados esta quinta-feira.
Segundo os dados referentes a Portugal, sistematizados pelo Instituto de Avaliação Educativa (IAVE), os alunos portugueses obtiveram 494 pontos, numa escala de zero a 1.000, em linha com a média de 498 pontos da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE).
Entre os 20 países que participaram na avaliação da literacia financeira, Portugal ocupa o 9.º lugar, numa avaliação que olha para dimensões como os contextos familiares, sociais, individuais e de trabalho, conteúdos como o planeamento e gestão de finanças, riscos e vantagens ou cenários financeiros, e processos relacionados com a identificação e análise de informação, situações e questões financeiras.
Os resultados apontam o impacto do estatuto socioeconómico dos alunos, que influencia cerca de 10% da variação no desempenho, e os alunos mais desfavorecidos conseguiram, em média, menos 74 pontos do que os colegas mais favorecidos, sendo que também os jovens imigrantes tiveram um desempenho inferior.
A correlação mais forte é, porém, entre o desempenho a literacia financeira e o desempenho a literacia matemática e de leitura, que justifica 79% da variação.
Olhando para os alunos com desempenhos mais baixos, 91% também se saíram pior a matemática e 83% em literatura. No extremo oposto, 53% dos alunos com melhor desempenho a literacia financeira foram tão bem sucedidos a matemática e 38% a literatura.
Na avaliação global, cerca de 85% dos estudantes atingiram o nível mínimo de proficiência (82% na OCDE) e 6,6% são considerandos 'top performers', ou seja, são capazes de "aplicar uma ampla variedade de termos e conceitos financeiros, analisar produtos financeiros complexos e resolver problemas financeiros não rotineiros, que provavelmente só virão a ter relevância nas suas vidas adultas".
Também à semelhança da média da OCDE, os resultados são melhores entre os rapazes, em comparação com as raparigas, mas há aspetos em que os alunos portugueses se diferenciam dos colegas dos restantes países.
Por exemplo, no que toca a comparar preços, 80% dos alunos portugueses compara preços em várias lojas antes de comprar e 72% fazem essa comparação entre lojas físicas e em lojas 'online'.
Sete em cada 10 alunos vão ainda mais longe e preferem esperar que o produto fique mais barato antes de o comprarem, um comportamento que, olhando para a média da OCDE, só é acompanhado por cerca de metade dos jovens.
Por outro lado, os portugueses estão muito abaixo da média no que respeita ao contacto com produtos financeiros e a atividades financeiras digitais, sobretudo quando está em causa ter uma conta bancária (38% contra 63% da média da OCDE) ou um cartão de débito ou crédito (27% contra 62%).
Fazer compras 'online', pagamentos através do telemóvel ou com cartão bancário são mais frequentes, mas mesmo assim os alunos nacionais ficam atrás, sendo também menos confiantes na utilização de serviços financeiros digitais.
Nesses casos, pouco mais de metade dos jovens sente confiança nas transferências de dinheiro, pagamentos com dispositivos móveis e em garantir a segurança das informações confidenciais quando realiza um pagamento ou utiliza o banco 'online'.
Quando confrontados com determinados termos financeiros, os alunos sabem o significado de seis numa lista de 16 e a maioria sabe o que significam, por exemplo, os termos "salário", "empréstimo bancário" ou "orçamento".
No entanto, menos de 20% sabe o que são "juros compostos", "taxa de câmbio", "depreciação", "diversificação".
O PISA 2022 olhou também para o contexto escolar e conclui que 32% dos alunos têm contacto com atividades de literacia financeira nas aulas de Matemática e 30% nas aulas de Cidadania, mas confrontam-se, mais frequentemente, com tarefas que exploram a diferença entre gastar dinheiro no que se precisa ou no que se deseja.
A conclusão resulta da avaliação da literacia financeira no âmbito do PISA 2022, que avalia o desempenho dos alunos de 15 anos em diferentes dimensões, e cujos resultados foram divulgados esta quinta-feira.
Entre os 20 países que participaram na avaliação da literacia financeira, Portugal ocupa o 9.º lugar, numa avaliação que olha para dimensões como os contextos familiares, sociais, individuais e de trabalho, conteúdos como o planeamento e gestão de finanças, riscos e vantagens ou cenários financeiros, e processos relacionados com a identificação e análise de informação, situações e questões financeiras.
Os resultados apontam o impacto do estatuto socioeconómico dos alunos, que influencia cerca de 10% da variação no desempenho, e os alunos mais desfavorecidos conseguiram, em média, menos 74 pontos do que os colegas mais favorecidos, sendo que também os jovens imigrantes tiveram um desempenho inferior.
A correlação mais forte é, porém, entre o desempenho a literacia financeira e o desempenho a literacia matemática e de leitura, que justifica 79% da variação.
Olhando para os alunos com desempenhos mais baixos, 91% também se saíram pior a matemática e 83% em literatura. No extremo oposto, 53% dos alunos com melhor desempenho a literacia financeira foram tão bem sucedidos a matemática e 38% a literatura.
Na avaliação global, cerca de 85% dos estudantes atingiram o nível mínimo de proficiência (82% na OCDE) e 6,6% são considerandos 'top performers', ou seja, são capazes de "aplicar uma ampla variedade de termos e conceitos financeiros, analisar produtos financeiros complexos e resolver problemas financeiros não rotineiros, que provavelmente só virão a ter relevância nas suas vidas adultas".
Também à semelhança da média da OCDE, os resultados são melhores entre os rapazes, em comparação com as raparigas, mas há aspetos em que os alunos portugueses se diferenciam dos colegas dos restantes países.
Por exemplo, no que toca a comparar preços, 80% dos alunos portugueses compara preços em várias lojas antes de comprar e 72% fazem essa comparação entre lojas físicas e em lojas 'online'.
Sete em cada 10 alunos vão ainda mais longe e preferem esperar que o produto fique mais barato antes de o comprarem, um comportamento que, olhando para a média da OCDE, só é acompanhado por cerca de metade dos jovens.
Por outro lado, os portugueses estão muito abaixo da média no que respeita ao contacto com produtos financeiros e a atividades financeiras digitais, sobretudo quando está em causa ter uma conta bancária (38% contra 63% da média da OCDE) ou um cartão de débito ou crédito (27% contra 62%).
Fazer compras 'online', pagamentos através do telemóvel ou com cartão bancário são mais frequentes, mas mesmo assim os alunos nacionais ficam atrás, sendo também menos confiantes na utilização de serviços financeiros digitais.
Nesses casos, pouco mais de metade dos jovens sente confiança nas transferências de dinheiro, pagamentos com dispositivos móveis e em garantir a segurança das informações confidenciais quando realiza um pagamento ou utiliza o banco 'online'.
Quando confrontados com determinados termos financeiros, os alunos sabem o significado de seis numa lista de 16 e a maioria sabe o que significam, por exemplo, os termos "salário", "empréstimo bancário" ou "orçamento".
No entanto, menos de 20% sabe o que são "juros compostos", "taxa de câmbio", "depreciação", "diversificação".
O PISA 2022 olhou também para o contexto escolar e conclui que 32% dos alunos têm contacto com atividades de literacia financeira nas aulas de Matemática e 30% nas aulas de Cidadania, mas confrontam-se, mais frequentemente, com tarefas que exploram a diferença entre gastar dinheiro no que se precisa ou no que se deseja.