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Internet - O potencial que emerge nos serviços "online"
A Internet é, cada vez mais, uma ferramenta do dia-a-dia. Um meio para atingir um fim, que pode ser também fonte de retornos para os investidores.
O analógico é história. Vivemos na era do digital, em que as comunicações são a base do desenvolvimento social e económico. Os consumidores estão mais despertos para as novas tecnologias, mas o "medo" do novo só é superado, se estas retribuírem com uma melhoria da qualidade de vida. A Internet é, assim, o meio para atingir o fim. O serviços "online" são cada vez mais preponderantes na rotina diária e é aqui, nas empresas que os garantem, que reside o potencial para os investidores.
"A forma como as pessoas comunicam está a mudar drasticamente. Passámos da tecnologia analógica para a digital e isso permite uma série de novas realidades. Pense na Internet. O próximo passo é a Internet móvel. Há imensa inovação e a abordagem às telecomunicações tradicionais não é a melhor forma de encarar este tema", defende Bruno Lippens, gestor da Pictet.
A sociedade suíça reposicionou, recentemente, a estratégia de investimento de um dos seus fundos temáticos, o Digital Communication, centrando a aposta em empresas de serviços na Internet. "Não investimos nas empresas que detêm apenas as infra-estruturas. Seleccionamos as que têm como base os serviços e que obtêm, pelo menos, 50% das receitas através de serviços digitais. O valor adicional e a vantagem competitiva está nas empresas que fornecem esses serviços", explica Sylvie Sejournet, que partilha a gestão com Lippens.
São quatro os grandes temas que justificam, segundo a Pictet, o investimento neste sector. O principal é o elevado potencial de crescimento das empresas de serviços "online" nos países emergentes, onde a introdução das redes móveis faz "florescer as telecomunicações e até a economia". Este é o primeiro passo. "O segundo, é o acesso aos computadores na forma de "smartphones", o que conduz à inovação", adianta.
Também nos mercados mais desenvolvidos há mudanças. Está a acelerar a utilização dos serviços na Internet como ferramenta de trabalho. O "home office" é um dos exemplos dados pela Pictet. Todas as empresas que oferecem as condições para que seja possível trabalhar a partir de casa representam uma oportunidade de ganhos para os investidores.
Um bom investimento são ainda as empresas que tornam possível poupar tempo e dinheiro ao consumidor, através do "e-commerce". "Os retalhistas estão a mudar-se para a Internet. Comprar pão ou maçãs é chato. Se puderem comprar pela Internet, as pessoas fazem-no", diz Lippens. A crescente procura dos consumidores levará à maior aposta das empresas. A publicidade "online" tem vindo a crescer e as previsões apontam para que se torne no meio preferido dos anunciantes.
Face ao potencial do sector, o Pictet Digital Communication assume objectivos ambiciosos: "As empresas em que investimos deverão apresentar um crescimento entre 20% e 30%, ao ano. Para este ano, as expectativas de crescimento dos resultados são ligeiramente superiores a 30%." "Ao mesmo tempo, estamos a pagar 16 vezes os lucros estimados. O que é barato, se acreditar-mos nestes crescimentos", acrescenta o gestor. "Assumindo que estes múltiplos se mantêm e com estas empresas a terem crescimentos de 20% a 30%, esse deverá ser, mais ou menos, o desempenho esperado do fundo", conclui.
O Digital Communication da Pictet tem, actualmente, cerca de 200 mil milhões de dólares sob gestão e o objectivo é atingir os 500 mil milhões nos próximos 12 meses. A equipa de gestores conta apresentar retornos de 20% a 30%, ao ano, com este fundo que investe em 50 acções, a nível global, de empresas que procuram o valor acrescentado na Internet.
Sector de retorno alto;
Múltiplos das empresas "baratos" ;
Sector em ascensão com a escalada dos preços dos combustíveis
e maior consciência para questões ambientais.
Portugal Telecom, Zon Multimédia e Sonaecom foram algumas das empresas analisadas pela Pictet, aquando do reposicionamento do Digital Communication, um fundo temático, global, em que os gestores Bruno Lippens e Sylvie Sejournet procuram oportunidades de investimento em empresas que apostam na Internet, e no potencial deste meio.
"Olhámos para empresas como a Zon Multimédia, como a Portugal Telecom, a Sonaecom... mas, por agora, não investimos", afirma a equipa de gestão da sociedade suíça, na entrevista ao Jornal de Negócios. E explica a razão. "Ficamos preocupados em investir em empresas que têm pequenas capitalizações bolsistas, demasiado pequenas".
"Se, por qualquer razão houver a necessidade de vender a posição, não será possível fazê-lo de forma rápida. Para nós, este é claramente um problema", acrescentam Bruno Lippens e Sylvie Sejournet. As empresas portuguesas têm na reduzida dimensão o principal obstáculo ao investimento da Pictet, isto de apesar da alteração no panorama nacional, com o surgimento de um novo "player", após a cisão da Zon do capital da Portugal Telecom.
"O problema é que a Portugal Telecom, ao separar a Zon Multimédia, criou um concorrente. Agora a Zon está a concorrer com a PT, enquanto que no passado elas estavam integradas e apresentavam margens melhores. Penso que esse é um problema para ambas as operadoras, actualmente".
A Pictet identifica, no entanto, um ângulo atractivo na operadora liderada por Zeinal Bava. "Estão expostos à América Latina, ao Brasil, onde esperamos um forte crescimento", salientam. Mas ao mesmo tempo, lembram que "podemos aproveitar esse crescimento directamente, investindo na Vivo. Essa é a razão pela qual não, por agora, não investimos na Portugal Telecom".
"A forma como as pessoas comunicam está a mudar drasticamente. Passámos da tecnologia analógica para a digital e isso permite uma série de novas realidades. Pense na Internet. O próximo passo é a Internet móvel. Há imensa inovação e a abordagem às telecomunicações tradicionais não é a melhor forma de encarar este tema", defende Bruno Lippens, gestor da Pictet.
São quatro os grandes temas que justificam, segundo a Pictet, o investimento neste sector. O principal é o elevado potencial de crescimento das empresas de serviços "online" nos países emergentes, onde a introdução das redes móveis faz "florescer as telecomunicações e até a economia". Este é o primeiro passo. "O segundo, é o acesso aos computadores na forma de "smartphones", o que conduz à inovação", adianta.
Também nos mercados mais desenvolvidos há mudanças. Está a acelerar a utilização dos serviços na Internet como ferramenta de trabalho. O "home office" é um dos exemplos dados pela Pictet. Todas as empresas que oferecem as condições para que seja possível trabalhar a partir de casa representam uma oportunidade de ganhos para os investidores.
Um bom investimento são ainda as empresas que tornam possível poupar tempo e dinheiro ao consumidor, através do "e-commerce". "Os retalhistas estão a mudar-se para a Internet. Comprar pão ou maçãs é chato. Se puderem comprar pela Internet, as pessoas fazem-no", diz Lippens. A crescente procura dos consumidores levará à maior aposta das empresas. A publicidade "online" tem vindo a crescer e as previsões apontam para que se torne no meio preferido dos anunciantes.
Face ao potencial do sector, o Pictet Digital Communication assume objectivos ambiciosos: "As empresas em que investimos deverão apresentar um crescimento entre 20% e 30%, ao ano. Para este ano, as expectativas de crescimento dos resultados são ligeiramente superiores a 30%." "Ao mesmo tempo, estamos a pagar 16 vezes os lucros estimados. O que é barato, se acreditar-mos nestes crescimentos", acrescenta o gestor. "Assumindo que estes múltiplos se mantêm e com estas empresas a terem crescimentos de 20% a 30%, esse deverá ser, mais ou menos, o desempenho esperado do fundo", conclui.
Pictet Funds - Digital Communication
Fonte: Pictet Funds
O Digital Communication da Pictet tem, actualmente, cerca de 200 mil milhões de dólares sob gestão e o objectivo é atingir os 500 mil milhões nos próximos 12 meses. A equipa de gestores conta apresentar retornos de 20% a 30%, ao ano, com este fundo que investe em 50 acções, a nível global, de empresas que procuram o valor acrescentado na Internet.
Vantagens
Sector de retorno alto;
Múltiplos das empresas "baratos" ;
Sector em ascensão com a escalada dos preços dos combustíveis
e maior consciência para questões ambientais.
PT, Zon e Sonaecom no "radar" da Pictet
Portugal Telecom, Zon Multimédia e Sonaecom foram algumas das empresas analisadas pela Pictet, aquando do reposicionamento do Digital Communication, um fundo temático, global, em que os gestores Bruno Lippens e Sylvie Sejournet procuram oportunidades de investimento em empresas que apostam na Internet, e no potencial deste meio.
"Olhámos para empresas como a Zon Multimédia, como a Portugal Telecom, a Sonaecom... mas, por agora, não investimos", afirma a equipa de gestão da sociedade suíça, na entrevista ao Jornal de Negócios. E explica a razão. "Ficamos preocupados em investir em empresas que têm pequenas capitalizações bolsistas, demasiado pequenas".
"Se, por qualquer razão houver a necessidade de vender a posição, não será possível fazê-lo de forma rápida. Para nós, este é claramente um problema", acrescentam Bruno Lippens e Sylvie Sejournet. As empresas portuguesas têm na reduzida dimensão o principal obstáculo ao investimento da Pictet, isto de apesar da alteração no panorama nacional, com o surgimento de um novo "player", após a cisão da Zon do capital da Portugal Telecom.
"O problema é que a Portugal Telecom, ao separar a Zon Multimédia, criou um concorrente. Agora a Zon está a concorrer com a PT, enquanto que no passado elas estavam integradas e apresentavam margens melhores. Penso que esse é um problema para ambas as operadoras, actualmente".
A Pictet identifica, no entanto, um ângulo atractivo na operadora liderada por Zeinal Bava. "Estão expostos à América Latina, ao Brasil, onde esperamos um forte crescimento", salientam. Mas ao mesmo tempo, lembram que "podemos aproveitar esse crescimento directamente, investindo na Vivo. Essa é a razão pela qual não, por agora, não investimos na Portugal Telecom".