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Empresas de maior dimensão negoceiam com desconto de 50%

Depois da escalada iniciada há um ano, liderada pelos títulos dos sectores mais cíclicos, o Santander Gestão de Activos recomenda a aposta em títulos mais defensivos. A gestora responsável pelo fundo Santander Eurofuturo Acções Defensivo está...

23 de Abril de 2010 às 09:24
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O Santander Gestão de Activos recomenda a aposta em empresas com negócios mais defensivos e políticas de remuneração accionista, no actual ambiente de incerteza

Depois da escalada iniciada há um ano, liderada pelos títulos dos sectores mais cíclicos, o Santander Gestão de Activos recomenda a aposta em títulos mais defensivos. A gestora responsável pelo fundo Santander Eurofuturo Acções Defensivo está optimista para o investimento em acções, mas acredita que os sectores mais defensivos oferecem boas oportunidades num contexto de incerteza e destaca que as empresas de maior dimensão estão a negociar com o maior desconto dos últimos 30 anos.

A sustentabilidade da actual recuperação económica, os receios em torno das contas públicas de alguns países periféricos e o impacto da retirada dos apoios ao crescimento económico são os principais riscos dos mercados accionistas.
"Actualmente as empresas de maior dimensão e com um perfil de negócio defensivo transaccionam com um desconto superior a 50% quando comparadas com empresas de menor capitalização bolsista e de carácter cíclico", explicou o Santander Gestão de Activos, lembrando que o actual desconto está "em máximos dos últimos 30 anos".

Para o Santander Gestão de Activos, "no actual ambiente de incerteza acreditamos que os investidores tenderão a valorizar as empresas com perfil de negócio defensivo, com maior estabilidade na geração de caixa e focus no retorno ao accionista através de dividendos". Depois da subida acentuada dos mercados accionistas nos últimos meses, os receios em torno da dívida pública grega voltaram a amedrontar os investidores mundiais. Ainda assim, o Santander continua a considerar as acções o melhor investimento a médio e longo prazo.

"Acreditamos que a médio prazo a classe accionista é a que oferece maior exposição à recuperação económica que deverá ocorrer nos próximos anos", realça a mesma fonte. Apesar desta visão optimista, o Santander alerta para uma maior volatilidade a curto prazo, devido às actuais incertezas no panorama macroeconómico.

A sustentabilidade da recuperação económica, os receios sobre a situação fiscal de alguns países periféricos da Zona Euro e o impacto da retirada dos actuais programas de estímulo à retoma são apontados como os principais riscos à evolução das bolsas.

O Santander Gestão de Activos destaca ainda que, "no plano microeconómico as empresas, em especial as pertencentes a sectores defensivos, prepararam-se bem para esta crise e exibem actualmente níveis de estabilidade e segurança, quer financeiras, quer operacionais, sem paralelo a nível histórico tornando o Santander Eurofuturo Defensivo numa boa aposta de investimento para o sector".

O fundo do Santander é um dos produtos "cinco estrelas" das gestoras nacionais e aposta na empresas dos sectores mais defensivos de maior capitalização. No último ano, o fundo oferece uma rentabilidade superior a 33%.
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