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Eficiência energética - Combata a subida da electricidade

Sim, é verdade. A electricidade está, este ano, 4,3% mais cara para os consumidores domésticos do que em 2008. Mas pode conseguir anular facilmente este aumento, e até reduzir o valor da sua factura mensal. Sem perder conforto e, sobretudo, sem ter de gastar um único cêntimo em novos equipamentos ou obras para tornar a sua casa mais eficiente em termos energéticos. Basta, para isso, mudar hábitos simples.

29 de Janeiro de 2009 às 16:16
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Sabia que cerca de 80% da factura da electricidade dos portugueses resulta da utilização de apenas quatro equipamentos? Máquinas de lavar e secar roupa, máquinas de lavar loiça e aquecimentos são os grandes sorvedouros de energia eléctrica das famílias em Portugal. E como, em geral, os consumidores actuais já não abdicam da sua utilização, a única forma de minimizar o impacto na carteira está em transferir estes consumos para as horas em que o custo da energia é mais barato.

Desde o início deste ano, isto é agora mais fácil. Os clientes domésticos, em baixa tensão normal (BTN), com tarifa regulada, podem escolher entre três opções tarifárias: simples com um único preço de energia ao longo de todo o dia; bi-horária com dois preços em função do período utilizado e tri-horárias com três preços, segundo a hora do dia em que o consumo é feito. A grande novidade é, porém, a antecipação do período da bi-horária para as 22h00, aprovada pela ERSE – Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos, a pedido de muitos consumidores.

"O objectivo é possibilitar a redução da factura de electricidade paga pelos consumidores", diz fonte oficial, para justificar as alterações introduzidas no início de Janeiro, salientando que, "neste cenário de crise económica e financeira, os consumidores têm agora maior disponibilidade para reduzir o consumo de energia a nível da iluminação e uso de electrodomésticos, através da mudança de comportamentos".

A escolha da tarifa bi-horária é, desta forma, a solução mais fácil e com resultados mais imediatos para encolher a factura da luz. Em Portugal, apenas cerca de 9,8% dos cerca de 5,8 milhões de consumidores escolheram a tarifa bi-horária. Mas é expectável que este número venha a engordar com a antecipação para as 22h00.

Mas, atenção, porque, para tirar partido desta opção tarifária, é necessário fazer o seu uso correcto. A energia é muito mais cara em cheio do que em vazio e só compensa se os consumos forem feitos durante a noite. Além disso, a bi-horária tem um sobrecusto anual de 25,32 euros face à tarifa simples.

No caso da recém-criada tarifa tri-horária, é mais difícil conseguir poupanças, devido à grande variação no custo da energia entre os vários períodos. Para assegurar ganhos é preciso uma grande disciplina, sendo que, por princípio, as rotinas das famílias não se adequam a esta rigidez. Facilmente, as poupanças conseguidas ao longo de uma semana de grandes consumos em vazio, por exemplo, são apagadas por uma máquina de lavar feita em ponta.

Na tarifa tri-horária (três períodos tarifários, que variam entre o Verão e Inverno), o período mais caro corresponde à chamada hora de ponta, o preço intermédio é praticado nas horas cheias, enquanto o mais económico aplica-se no período de vazio.

O que é a tarifa bi-horária?

É uma opção tarifária em que a electricidade é cobrada ao consumidor com dois preços diferentes, consoante a hora de utilização. O período mais barato (vazio) decorre entre as 22h00 e as 8h00. Em todas as restantes horas do dia (período "cheio") a electricidade é mais cara. Esta tarifa tem um sobrecusto de 25,32 euros por ano, mas este valor pode ser anulado e, até compensado, se for feita o correcto uso dos equipamentos (ver exemplos ao lado) ao fazer os grandes consumos à noite. Até agora, apenas 9,8% dos 5,8 milhões de consumidores domésticos em Portugal estavam a utilizar a bi-horária, mas é expectável que este número venha a engordar rapidamente. Desde o início do ano, o período mais barato foi antecipado para as 22h00, na sequência de várias reclamações de consumidores junto da ERSE – Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos, entidade responsável pela fixação de tarifas.

Opte pela tarifa bi-horária e poupe até 132 euros por ano

A adopção da tarifa regulada em bi-horário pode trazer poupanças consideráveis na factura da electricidade, sobretudo agora que começa mais cedo. Mas para isso é preciso saber utilizá-la, correctamente. Com esta opção tarifária, a energia é mais barata durante a noite (entre as 22 horas e as 8h00), mas tem um custo bastante mais elevado ao longo do dia. Além disso, a tarifa bi-horária tem um sobrecusto anual de 25,32 euros face à tarifa simples. Mas este valor é anulado, e até compensado, com simples alterações de comportamento dos consumidores. Ou seja, utilizar os equipamentos de maior consumo no chamado período de "vazio" (noite), em vez do "cheio" (dia). Conheça aqui quanto é que está a gastar de cada vez que, por exemplo, põe a funcionar as máquinas de lavar e secar roupa, lavar loiça, ou quando liga o aquecimento. Só estes quatro aparelhos são, em média, responsáveis por 80% do consumo de electricidade dos portugueses.

Fonte: Cálculos do Jornal de Negócios com base nas tarifas em vigor em 2009, determinadas pela ERSE – Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos.

10 Dicas simples com efeitos imediatos na conta da luz

Há simples mudanças de hábitos que não retiram conforto e vão fazer baixar a sua factura mensal de electricidade

1. Contador - Reduza a potência contratada

Verifique a sua factura detalhadamente: analise se a potência contratada é adequada ao consumo real da instalação ou se poderá reduzi-la. Se baixar do escalão de 6,9 kVA para o escalão de 5,75 kVA, a factura mensal reduz-se em 1,67 euros, o que significa uma redução de 6% numa factura mensal de 30 euros.

2. Lâmpadas - A tradição sai cara

Privilegie as soluções de iluminação baseadas em lâmpadas fluorescentes, quer as clássicas de tubos, quer as compactas. Uma lâmpada convencional de 100 "watts" proporciona a mesma luz que uma lâmpada de baixo consumo de 20 "watts" e, no final de um ano, terá uma poupança de cerca de três euros por cada hora diária de utilização.

3. Luz acesa - Desligue o botão

Desligue as luzes quando deixa de utilizar os espaços.

4. Reguladores - Controle a intensidade da luz

Utilize reguladores de intensidade nos dispositivos de iluminação dotados de lâmpadas muito potentes, ou evite-as.

5. Candeeiros - Evite os "abat-jours" opacos

Evite os "abat-jours" muito opacos, já que obrigam à utilização desnecessária de lâmpadas mais potentes.

6. Isolamento - Elimine as saídas de calor

Isole os espaços onde instalar fontes de aquecimento ou arrefecimento localizadas, como caloríferos ou ar condicionado, fechando e calafetando, devidamente, portas e janelas.

7. "Standby" - Desligue da tomada

Desligue os aparelhos dos electrodomésticos da tomada em vez de os deixar em "stand by". Se possível, ligue alguns equipamentos (TV, vídeo, DVD, equipamento de som) a uma base de ligação múltipla com interruptor. Ao desligar esse interruptor apagará todos os equipamentos, o que lhe permitirá poupanças anuais superiores a 40 euros.

8. Eficiência - Opte pela classe A

Utilize, sempre que possível, os electrodomésticos com etiquetagem de energia da classe A+ ou A++.

9. Esquentador - Desligue quando está fora

Desligue o esquentador em caso de ausências prolongadas. Além de poupar gás, evita a acumulação de resíduos da combustão e reduz a emissão de gases com efeito de estufa.

10. Bi-horária - Mude de tarifa

Verifique se os seus consumos privilegiam horários que beneficiariam da tarifa bi-horária, em que a energia é mais barata nas horas de vazio e opte por esta, em caso afirmativo.

O inimigo silencioso

É silencioso e passa despercebido, mas está a roubar-lhe dinheiro todos os dias. Não se dá por ele, mas o "standby" (energia em estado de espera) é o maior ladrão de energia na sua casa. "Standby" é o termo usado para a electricidade usada em electrodomésticos e dispositivos mesmo quando estão desligados. Muitos consomem electricidade 24 horas por dia só para se manterem aquecidos para quando você decidir usá-los. Quanto consomem? Não muito. Mas faça as contas e multiplique esse número por 24 horas por dia, vezes 6 a 10 aparelhos num lar normal e a economia pode ser maior do que parece.

Vídeo é o maior consumidor

Fonte: projecto Ecofamílias (Quercus, EDP Distribuição), financiado pela ERSE, através do PPEC.

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