Notícia
Certificados de aforro teriam rendido mais
Os planos de poupança-reforma mais antigos ficaram aquém do desempenho dos títulos do tesouro.
13 de Maio de 2011 às 08:44
Quem subscreveu anualmente os planos de poupança-reforma desde que foram criados em 1989 acumulou menos dinheiro do que se tivesse optado pela compra de certificados de aforro. Um investidor que, planeando a sua reforma, tivesse aplicado anualmente 1000 euros no final de cada ano no PPR mais antigo ainda em comercialização, o PPR 5 Estrelas, teria acumulado 36.467 euros até meados de Abril passado, assumindo que solicitava o reembolso já após a sua aposentação. Esse pé-de-meia é reflexo de uma rendibilidade anual de 4,43%. Todavia, se, em vez do PPR, o aforrador tivesse aplicado os 1000 euros anuais em certificados de aforro, a sua poupança teria crescido até 38.101 euros, através de uma rendibilidade anual de 4,79%.
Estes cálculos dos reembolso dos PPR não incluem as deduções fiscais obtidas na subscrição dos planos, mas contabilizam as taxas reduzidas de tributação no reembolso. Estão também reflectidas as comissões actualmente em vigor.
Quanto renderia uma poupança anual?
Simulação de capital acumulado entre 1989 e 2011 através da poupança de 1000 euros todos os anos.
PPR 5 Estrelas
Reembolso: 36.467€
Rendibilidade anual: 4,43%
Este é o resultado de uma poupança de 1000 euros efectuada anualmente no último dia útil do ano entre 1989 e 2010. O reembolso foi realizado no dia 15 de Abril de 2011, após a aposentação.
Certificados de aforro
Reembolso: 38.101€
Rendibilidade anual: 4,79%
Em alternativa, se o recém-reformado tivesse optado por aplicar os mesmos 1000 euros anuais em certificados de aforro, o seu pé-de-meia teria sido superior.
Nota: O valor simulado de reembolso do PPR assume as comissões e a tributação vigentes em 15 de Abril de 2011. Assume ainda a opção pelo recebimento total do capital.