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Carteiras de fundos perdem em todas as frentes

O último mês foi difícil para os gestores de fundos. As perdas alastraram-se a todas as frentes dos mercados financeiros, desde a queda média de 4% das praças accionistas até às menos-valias na ordem de 1,5% das obrigações, passando pelos prejuízos médios de 8% nas mercadorias. Apenas uma das oito estratégias conseguiu um avanço positivo em Maio.

08 de Junho de 2010 às 09:27
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O último mês foi difícil para os gestores de fundos. As perdas alastraram-se a todas as frentes dos mercados financeiros, desde a queda média de 4% das praças accionistas até às menos-valias na ordem de 1,5% das obrigações, passando pelos prejuízos médios de 8% nas mercadorias. Apenas uma das oito estratégias conseguiu um avanço positivo em Maio.






Conheça oito carteiras de fundos


As carteiras prudentes foram construídas para um prazo de investimento de três anos e são destinadas a aforradores conservadores que não aceitam perdas anuais superiores a 4%.

As carteiras agressivas estão desenhadas para um prazo de investimento mínimo de cinco anos e com um limite de perdas anuais até 10%.


ActivoBank
Está na hora da dívida

A fraqueza da economia europeia é um ponto a favor do investimento em dívida. "A Zona Euro registará em 2010 a menor taxa de crescimento económico entre todos os principais blocos, pelo que as taxas de juro terão tendência a permanecer em mínimos históricos por um período mais alargado, o que deverá minimizar o risco de subida de taxas de juro inerente aos fundos de obrigações", explica Gonçalo Gomes, da direcção de "marketing" do ActivoBank. Por isto, o especialista recomenda o aumento da exposição das carteiras prudentes a este segmento do mercado.

O fundo BNY Mellon Euroland é o veículo eleito, assumindo a responsabilidade por 15% do portefólio, que continua concentrado no suíço UBS SF Yield (EUR). À mesma estratégia é adicionado ainda o fundo Pimco GIS High Yield Bond (EUR Hedged). O dinamismo da economia norte-americana e a melhoria da saúde financeiras das empresas deverá permitir reduzir a taxa de incumprimento para 3 ou 4% nas obrigações de rating inferior, justifica Gonçalo Gomes.

Na estratégia mais agressiva, a estreia é do DWS Invest Gold and Precious Metals, um fundo que investe em cerca de meia centena de empresas de extracção de ouro e de outros metais preciosos. "Tudo indica que 2010 será o décimo ano consecutivo de ganhos deste metal precioso, beneficiando da crescente procura de activos reais como reserva de valor", afirma Gonçalo Gomes.






Banco Best
Cautela adicional nas escolhas

Na reestruturação dos portefólios recomendados, a direcção de investimentos do Banco Best optou por aumentar o peso das aplicações de menor risco.

"A 'performance' das carteiras este mês esteve pressionada pela correcção dos mercados financeiros, que se reflectiu numa performance negativa das carteiras, onde a diversificação, embora atenuando os efeitos das quedas nos índices de referência, não foi suficiente numa fase de aumento do risco sistémico", explicam os especialistas da instituição.

O DWS Brazil, que investe em acções brasileiras, como a Vale, a Petrobras e o Bradesco, regressa às duas carteiras sugeridas pelo Banco Best. Desde que foi lançado, o fundo gerido por Florian Tanzer rendeu 8,86% por ano. Na estratégia agressiva, a direcção de investimentos do Banco Best adicionou ainda outro fundo: o JPMorgan Global Focus. Jeroen Huysinga, o gestor responsável pelo fundo, procura acções de empresas de pequena, média e grandes dimensões que estejam numa situação de recuperação de resultados financeiros.

A volatilidade deverá continuar a persistir nos mercados financeiros durante os próximos meses porque a resolução da consolidação orçamental europeia não deverá ter efeitos significativos no curto prazo, estimam os responsáveis do Banco Best. "Nesse sentido, continuamos a pensar que a diversificação das carteiras e a selecção criteriosa de investimentos vai continuar a ser fundamental numa perspectiva de longo prazo", concluem






Banco BIG
Prudência e dólar para ganhar

A aposta da carteira prudente do Banco Big em obrigações saiu justificada: o fundo Amundi Global Aggregate conduziu a estratégia a uma valorização de cerca de 1,5% em Maio. Além disso, a "performance" foi ampliada pela valorização do dólar norte-americano, a divisa-base da maioria dos fundos seleccionados pelos especialistas do banco.

"Com o aumento da incerteza no bloco europeu a pressionar a moeda comum para níveis mínimos do último ano, irão ser realizadas mais-valias parciais na exposição à moeda americana", avisam os responsáveis do banco. Assim, quatro fundos cotados em dólares são trocados por produtos denominados em euros, com especial destaque para o BNY Mellon Euroland Bond e o Schroder ISF Global Credit Duration Hedged, que, juntos, absorvem 40% da carteira.

No portefólio mais agressivo, há poucas alterações. "O Pictet Global Emerging Debt será substituído pelo fundo Pictet Local Currency Emerging Debt de forma a podermos explorar o potencial de valorização das moedas locais destes países emergentes", explicam os especialistas do Banco Big. Simon Lue-Fong, o gestor responsável pelo Pictet Emerging Local Currency Debt, investe em dívida de mercados emergentes cotada nas divisas locais.

Segundo as últimas informações sobre as aplicações do fundo, a exposição é superior ao yuan chinês, ao zloty polaco e à rupia indiana.






Deutsche Bank
América lidera ganhos

A estratégia agressiva do Deutsche Bank continua a ser a que mais rende entre as oito carteiras recomendadas pelos supermercados de fundos. Em 10 meses, o portefólio valorizou-se 15,01%, apesar de ter registado um retrocesso de 4,76% ao longo do último mês.

Desde que estas recomendações arrancaram, no final de Julho do ano passado, os analistas do Deutsche Bank mantêm cerca de 40% dessa estratégia aplicada em acções norte-americanas através do DWS Invest US Equities. Este fundo, cuja maior aposta é o sector energético, contribuiu com um ganho de 20,66% para a carteira. "Elevado crescimento, resultados empresariais, a apreciação do dólar e as baixas taxas de juro favorecem este mercado", explicam os responsáveis do banco.

Na actual revisão, o Deutsche Bank adiciona mais um produto à carteira agressiva: o DWS Invest Alpha Strategy. Trata-se de um fundo de retorno absoluto que procura estar neutral face ao mercado através de posições longas e curtas. Segundo o último relatório, o fundo estava longo em obrigações norte-americanas a cinco anos e curto em obrigações em euros a três anos. A DWS acredita que este produto pode render mais do que as taxas do mercado monetário. No último ano, a rendibilidade foi de 2,53%.

O DWS Invest Alpha Strategy é também promovido à líder da carteira prudente do Deutsche Bank, sendo ladeado pelo DWS Invest US Equities e pelo Schroder ISF Euro Short Term Bond.









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