Notícia
100 megabits - Navegue a uma velocidade supersónica
Enquanto os planos para as redes de nova geração não se concretizam no terreno, a Sonaecom e a Zon Multimédia já têm ofertas a 100 Mbps, embora ainda em zonas limitadas. Com preços competitivos face a outros pacotes de Internet de alta velocidade, as ligações sobre fibra trazem novas vantagens.
06 de Fevereiro de 2009 às 08:00
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Enquanto os planos para as redes de nova geração não se concretizam no terreno, a Sonaecom e a Zon Multimédia já têm ofertas a 100 Mbps, embora ainda em zonas limitadas. Com preços competitivos face a outros pacotes de Internet de alta velocidade, as ligações sobre fibra trazem novas vantagens.
A transformação das redes de nova geração num "desígnio nacional" e numa das apostas do Governo de combate à crise económica, tal como acontece na União Europeia, voltou a dar visibilidade à necessidade de criar redes de telecomunicações que garantam acesso mais rápido à Internet, a transmissão de conteúdos multimédia mais ricos e os serviços "triple play", que envolvem televisão. Suportadas em fibra óptica, estas redes fazem parte do cenário de futuro das telecomunicações, dando aos operadores uma infra-estrutura sobre a qual podem fornecer mais e melhores serviços aos clientes.
A primeira oferta comercial surgiu já há alguns meses pela mão da Sonaecom, com o Fibra Clix, que não tem ainda nenhum concorrente no serviço ao cliente final puramente em fibra. Já em Janeiro, a Zon lançou também o seu serviço de 100 Mbps, suportada numa rede híbrida de Fibra Óptica e cabo Coaxial. Os dois operadores não devem porém ficar muito tempo sozinhos nesta área, até porque há já um compromisso de vários operadores para investirem nas redes de nova geração. Mas, por enquanto, são a única opção disponível para quem quer dar o salto e ter já "a Internet do futuro".
Velocidade para quê?
Por muito que pareça estranho à maioria dos utilizadores pensar em navegar a velocidades de 100 Mbps - sobretudo quando ainda têm bem presentes as primeiras ofertas comerciais a 512 Kbps ou as ligações analógicas a 9,6 Kbps, dos primórdios do acesso comercial à Internet há pouco mais de uma década atrás - a crescente disponibilização de conteúdos multimédia "on-line", com o acesso a "downloads" de filmes, música e fotografia e o crescente interesse em colocar os nossos próprios conteúdos na "web" (o chamado "upload") justificam cada vez mais esta evolução.
Em vez de 40 segundos para descarregar um CD de música, pode gastar apenas três segundos e, num filme de 750 MBytes, um minuto substitui os 13 minutos necessários ao "download", isto se considerarmos uma ligação ADSL de 8 Mbps no seu melhor desempenho. De facto, é mesmo nos conteúdos mais pesados que a melhoria de qualidade é mais evidente. Na pura navegação "web", ou acesso ao correio electrónico, os utilizadores terão de ser muito perspicazes para perceber a diferença de velocidade, mas em ficheiros pesados descarregados da "web" ou carregados em serviços Internet, a rapidez será mais convincente.
Para além da rapidez, a fibra traz outras vantagens que advêm da configuração técnica da rede, que permite reduzir a perda de dados, garantindo maior qualidade a maior distância. A economia de energia e a maior segurança na transmissão da informação são mais dois argumentos que favorecem a fibra face a ligações ADSL e de Cabo.
Concorrência positiva
Mesmo com as vantagens alinhadas, as duas ofertas de 100 Mbps que existem no mercado têm que garantir uma diferenciação de preço positiva face à concorrência do ADSL, e sobretudo da tecnologia ADSL+ e ao Cabo, que eleva as velocidades de transmissão até aos 24 e 30 Mbps, respectivamente.
Nos serviços de ADSL e Cabo, a pressão da concorrência tem habituado os utilizadores a verem a velocidade das suas ligações aumentar sem que o valor das mensalidades mude, mas também nos 100 Mbps os operadores fizeram um esforço evidente para que os preços não saíssem muito do enquadramento das ofertas mais rápidas anteriores. No Fibra Clix, a ligação Internet + Telefone custa 69,9 euros por mês, quando os 24 Mbps custam menos de 25 euros para uma velocidade quatro vezes inferior. No caso da Zon, o serviço Zon Net Wideband tem uma mensalidade de 59,5 euros, o mesmo para quem quer subscrever o Netcabo a 30 Mbps sem TV.
No Clix Fibra, a Sonaecom preparou pacotes com Televisão e Telefone, disponibilizando o Pack XXL com velocidades de 100 Mbps e acesso a 100 canais de TV, para além de telefone com chamadas ilimitadas em Portugal e para 16 países, mas tem também ofertas mais "pequenas", igualmente sobre fibra, com velocidades de 50 e 30 Mbps onde se restringem, também, o número de canais de TV e o serviço telefónico. Os preços variam entre 49,9 e 99,9 euros.
A Zon Multimédia optou por pacotes separados mas obrigatoriamente interligados. Para subscrever o Zon Net Wideband é obrigatório ter, também, o serviço de TV da empresa, o que encarece a mensalidade total, somando o valor da assinatura de canais aos 59,49 euros.
Mesmo com preços interessantes quando comparados com outros serviços de menor velocidade, a maior limitação destes serviços está ainda nas zonas geográficas onde estão disponíveis. A Sonaecom tem vindo a alargar progressivamente as zonas do Clix Fibra, que já abrangem várias áreas da zona metropolitana de Lisboa e Porto, enquanto o serviço da Zon, lançado mais recentemente, ainda está mais limitado, também nas duas principais cidades. Por isso, é melhor verificar já se está dentro das áreas abrangidas antes de fazer contas às vantagens e custos da adesão.
A transformação das redes de nova geração num "desígnio nacional" e numa das apostas do Governo de combate à crise económica, tal como acontece na União Europeia, voltou a dar visibilidade à necessidade de criar redes de telecomunicações que garantam acesso mais rápido à Internet, a transmissão de conteúdos multimédia mais ricos e os serviços "triple play", que envolvem televisão. Suportadas em fibra óptica, estas redes fazem parte do cenário de futuro das telecomunicações, dando aos operadores uma infra-estrutura sobre a qual podem fornecer mais e melhores serviços aos clientes.
Velocidade para quê?
Por muito que pareça estranho à maioria dos utilizadores pensar em navegar a velocidades de 100 Mbps - sobretudo quando ainda têm bem presentes as primeiras ofertas comerciais a 512 Kbps ou as ligações analógicas a 9,6 Kbps, dos primórdios do acesso comercial à Internet há pouco mais de uma década atrás - a crescente disponibilização de conteúdos multimédia "on-line", com o acesso a "downloads" de filmes, música e fotografia e o crescente interesse em colocar os nossos próprios conteúdos na "web" (o chamado "upload") justificam cada vez mais esta evolução.
Em vez de 40 segundos para descarregar um CD de música, pode gastar apenas três segundos e, num filme de 750 MBytes, um minuto substitui os 13 minutos necessários ao "download", isto se considerarmos uma ligação ADSL de 8 Mbps no seu melhor desempenho. De facto, é mesmo nos conteúdos mais pesados que a melhoria de qualidade é mais evidente. Na pura navegação "web", ou acesso ao correio electrónico, os utilizadores terão de ser muito perspicazes para perceber a diferença de velocidade, mas em ficheiros pesados descarregados da "web" ou carregados em serviços Internet, a rapidez será mais convincente.
Para além da rapidez, a fibra traz outras vantagens que advêm da configuração técnica da rede, que permite reduzir a perda de dados, garantindo maior qualidade a maior distância. A economia de energia e a maior segurança na transmissão da informação são mais dois argumentos que favorecem a fibra face a ligações ADSL e de Cabo.
Concorrência positiva
Mesmo com as vantagens alinhadas, as duas ofertas de 100 Mbps que existem no mercado têm que garantir uma diferenciação de preço positiva face à concorrência do ADSL, e sobretudo da tecnologia ADSL+ e ao Cabo, que eleva as velocidades de transmissão até aos 24 e 30 Mbps, respectivamente.
Nos serviços de ADSL e Cabo, a pressão da concorrência tem habituado os utilizadores a verem a velocidade das suas ligações aumentar sem que o valor das mensalidades mude, mas também nos 100 Mbps os operadores fizeram um esforço evidente para que os preços não saíssem muito do enquadramento das ofertas mais rápidas anteriores. No Fibra Clix, a ligação Internet + Telefone custa 69,9 euros por mês, quando os 24 Mbps custam menos de 25 euros para uma velocidade quatro vezes inferior. No caso da Zon, o serviço Zon Net Wideband tem uma mensalidade de 59,5 euros, o mesmo para quem quer subscrever o Netcabo a 30 Mbps sem TV.
No Clix Fibra, a Sonaecom preparou pacotes com Televisão e Telefone, disponibilizando o Pack XXL com velocidades de 100 Mbps e acesso a 100 canais de TV, para além de telefone com chamadas ilimitadas em Portugal e para 16 países, mas tem também ofertas mais "pequenas", igualmente sobre fibra, com velocidades de 50 e 30 Mbps onde se restringem, também, o número de canais de TV e o serviço telefónico. Os preços variam entre 49,9 e 99,9 euros.
A Zon Multimédia optou por pacotes separados mas obrigatoriamente interligados. Para subscrever o Zon Net Wideband é obrigatório ter, também, o serviço de TV da empresa, o que encarece a mensalidade total, somando o valor da assinatura de canais aos 59,49 euros.
Mesmo com preços interessantes quando comparados com outros serviços de menor velocidade, a maior limitação destes serviços está ainda nas zonas geográficas onde estão disponíveis. A Sonaecom tem vindo a alargar progressivamente as zonas do Clix Fibra, que já abrangem várias áreas da zona metropolitana de Lisboa e Porto, enquanto o serviço da Zon, lançado mais recentemente, ainda está mais limitado, também nas duas principais cidades. Por isso, é melhor verificar já se está dentro das áreas abrangidas antes de fazer contas às vantagens e custos da adesão.
