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Portugueses querem ganhar muito, em pouco tempo

Os investidores nacionais procuram aconselhamento antes de investir. Mas existe uma discrepância entre as expectativas e o que os consultores sentem que podem obter.

13 de Setembro de 2016 às 20:47
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Os portugueses continuam a preferir ter aconselhamento profissional antes de tomar uma decisão de investimento. Mais de metade dos investidores nacionais assume que vai procurar a opinião de um especialista antes de investir. Mas nem sempre os conselhos financeiros correspondem às expectativas dos aforradores portugueses, que ambicionam retornos demasiado elevados, em prazos de investimento curtos.

Cerca de 53% dos investidores portugueses afirma que vai ouvir a opinião de um consultor financeiro antes de tomar a sua próxima decisão de investimento, enquanto 32% assume que vai consultar a família ou amigos. Esta é uma das conclusões do Estudo de Investidores Globais da Schroders de 2016, realizado junto de 20.000 investidores em 28 países e que incluiu 300 portugueses.

"A procura de aconselhamento pessoal e profissional, no entanto, não impediu os investidores portugueses de caírem na armadilha de esperar demasiado dos seus investimentos e demasiado depressa", adianta o mesmo estudo. De acordo com as conclusões do inquérito, em média, os investidores portugueses ambicionam um rendimento de 8,3%, face a 7,9% na Europa e 9,1% a nível global, sendo que mantêm o investimento por menos um ano que os restantes investidores. Mantêm a aplicação, em média, durante 2,2 anos, contra 3,3 anos na Europa e 3,2 anos a nível mundial.

O mesmo estudo concluiu que "existe uma discrepância entre aquilo que os investidores portugueses querem dos seus investimentos e aquilo que os consultores financeiros sentem que eles poderão alcançar". Já entre os restantes investidores mundiais nota-se uma maior confiança em relação ao seu conhecimento sobre os investimentos, ainda que a maioria não consiga identificar qual o trabalho de uma entidade gestora.

"87% dos investidores globais disseram sentir que o seu conhecimento sobre investimentos é igual ou superior ao do investidor médio", sendo que a Geração Milénio (entre os 18 e 35 anos) "foi a que mostrou mais tendência a descrever-se como tendo maior conhecimento do que o investidor médio, com três quintos (61%) a afirmá-lo, face a menos de metade (45%) dos investidores mais velhos".

O estudo divulgado pela gestora refere ainda uma tendência dos investidores para sobrestimar os seus conhecimentos. No entanto, a maioria dos investidores globais (89%) diz que gostaria de reforçar os seus conhecimentos sobre estes temas de investimento.
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