Notícia
Fundos recuperam à espera de uma solução para a crise europeia
Após dois meses de perdas, as carteiras recomendadas voltaram aos ganhos. Só na primeira metade do mês, a valorização média superou os 2%. No entanto, a crise da dívida soberana continua a marcar a actualidade dos mercados e o resultado da cimeira europeia desta semana será determinante para a confiança dos investidores.
27 de Outubro de 2011 às 07:00
ActivoBank
O CONJUNTO MAIS EQUILIBRADO
As alterações às carteiras realizadas pelo ActivoBank no final do mês de Setembro estão a surtir efeito. Só nas duas primeiras semanas de Outubro, o portefólio agressivo valorizou 5,17%, influenciado pelo fundo que mais pesa na carteira, o UBS SF Equity, e pelos fundos sectoriais Skandia Technology e BlackRock World Gold Fund.
No portefólio prudente, a primeira metade do mês rendeu 1%, o suficiente para o manter no lote dos mais rentáveis desde que tiveram início as recomendações.
Para Gonçalo Gomes, da Direcção de Marketing do banco, "esta recuperação deveu-se em parte aos rumores de que um pacote de estímulo estaria a ser preparado para a Zona Euro, provocando nos investidores um maior apetite por risco, o que influenciou o comportamento das obrigações". O fundo Templeton Global Bond, castigado em Setembro, foi um dos fundos de obrigações que mais beneficiou com sentimento positivo dos investidores na primeira metade de Outubro.
Para o próximo mês, o banco optou por manter as "equipas" das carteiras que, no cômputo geral, registam ganhos simpáticos nos dois perfis. No entanto, tal como se verifica nas recomendações dos outros bancos, a prudência tem sido boa conselheira perante o ambiente volátil que se vive nos mercados. As recomendações do ActivoBank, não são excepção. Apesar de ter um risco três vezes inferior ao da carteira agressiva, o portefólio prudente é, neste momento, o mais rentável.
Banco Best
COM OS GANHOS NO HORIZONTE
Face à manutenção da conjuntura económica e das incertezas que a rodeiam, os especialistas do Banco Best não realizaram alterações às carteiras para o mês de Novembro. "Mantemos a nossa visão de longo prazo, conscientes de que os níveis de avaliação dos activos de risco reflectem o momento actual de incerteza e não o real valor desses activos", explica a Direcção de Investimentos do banco.
Na primeira metade do mês de Outubro, as carteiras de fundos recomendadas pelo Banco Best registaram um desempenho positivo. O portefólio agressivo quase anulou os prejuízos acumulados em Setembro ao avançar 4% na primeira metade do mês, estimulado pela valorização dos mercados accionistas europeus e norte-americanos. O desempenho dos fundos de acções DWS Invest US Value Equities e Threadneedle Pan European Equity Dividend Retail Net, que investem naqueles mercados e representam 40% do portefólio, demonstra bem a relação. Na primeira metade do mês, estes fundos valorizaram 7,5% e 6,85%, respectivamente.
Na carteira prudente, o ganho de Outubro ascendia a 1,3%, devido ao desempenho dos mesmos fundos de acções que, embora com menor peso, estão presentes no portefólio prudente, ao fundo do sector de recursos naturais Vontobel Belvista Commodity, e ao fundo Amundi Volatility Euro Equities, um fundo que ganha valor quando a volatilidade no mercado accionista europeu aumenta.
Banco BIG
QUANDO A PRUDÊNCIA É O MELHOR ATAQUE
Ao contrário dos seus congéneres, o Banco Big optou por realocar cerca de 70% do valor das carteiras. Ainda assim, na carteira prudente, a mais rentável entre as congéneres com o mesmo perfil, "as novas recomendações manterão a exposição praticamente inalterada em termos de alocação pelas diferentes classes de activos", explica Rui Broega, da Direcção de Gestão de Activos do banco. "Procurámos melhorar a qualidade dos activos que compõem a carteira. Logo, propomos a alteração de gestores na componente de dívida corporativa com a inclusão dos fundos BlackRock Global High Yield Bond e Schroder Global Corporate Bond", diz Broega. O objectivo é aumentar a diversificação do portefólio em termos geográficos e de rating de crédito, e prepará-lo para "uma inversão dos spread de crédito, que julgamos transaccionarem a níveis exagerados para a conjuntura", justifica o especialista. Com o intuito de dar mais flexibilidade à carteira, o banco introduziu também os fundos BlackRock Global Allocation e o JPMorgan Global Capital Preservation.
Na carteira agressiva, que mantém-se em terreno negativo à três meses, o banco propõe alterações na componente accionista que visem a diversificação geográfica, sectorial e a exposição a mercados emergentes. Já na parte obrigacionista, é acrescentado o fundo Blackrock Global High Yield Bond, para beneficiar de uma eventual descida dos spread. Dada a recente correcção dos preços das principais matérias-primas, o banco acrescentou também o fundo ING Invest Materials à carteira.
Deutsche Bank
CARTEIRA AGRESSIVA LIDERA GANHOS
Segundo os especialistas do Deutsche Bank, "os factores de stress que têm contribuído para a volatilidade de mercado não deram sinais de abrandamento nos últimos meses, com os mercados a sinalizarem que o actual nível de crescimento económico global é insuficiente". Neste sentido, o banco decidiu também não realizar alterações às carteiras de fundos.
Apesar da incerteza, ambos os portefólios de fundos recomendados pelo banco estão em terreno positivo e o cabaz com perfil agressivo merece alguma atenção. Desde o início das recomendações, a carteira de fundos indicada a investidores com apetência para o risco rendeu 11,9%, o equivalente a 4,86% por ano. Do lado oposto, a carteira com perfil mais avesso ao risco regista o desempenho mais modesto entre os portefólios de fundos recomendados a investidores mais avessos ao risco: 0,67%, em termos anualizados.
Além da evolução da crise da dívida na Zona Euro, os especialistas do banco crêem que a época de resultados irá dominar as atenções dos investidores nos próximos tempos e não es-peram notícias negativas. "A economia continua a crescer, ainda que pouco, os custos unitários de trabalho não têm subido, a capacidade de utilização tem aumentado ligeiramente e os preços das matérias-primas têm caído. Assim sendo, as surpresas positivas poderão sobrepor-se às negativas.
O CONJUNTO MAIS EQUILIBRADO
As alterações às carteiras realizadas pelo ActivoBank no final do mês de Setembro estão a surtir efeito. Só nas duas primeiras semanas de Outubro, o portefólio agressivo valorizou 5,17%, influenciado pelo fundo que mais pesa na carteira, o UBS SF Equity, e pelos fundos sectoriais Skandia Technology e BlackRock World Gold Fund.
Para Gonçalo Gomes, da Direcção de Marketing do banco, "esta recuperação deveu-se em parte aos rumores de que um pacote de estímulo estaria a ser preparado para a Zona Euro, provocando nos investidores um maior apetite por risco, o que influenciou o comportamento das obrigações". O fundo Templeton Global Bond, castigado em Setembro, foi um dos fundos de obrigações que mais beneficiou com sentimento positivo dos investidores na primeira metade de Outubro.
Para o próximo mês, o banco optou por manter as "equipas" das carteiras que, no cômputo geral, registam ganhos simpáticos nos dois perfis. No entanto, tal como se verifica nas recomendações dos outros bancos, a prudência tem sido boa conselheira perante o ambiente volátil que se vive nos mercados. As recomendações do ActivoBank, não são excepção. Apesar de ter um risco três vezes inferior ao da carteira agressiva, o portefólio prudente é, neste momento, o mais rentável.
Banco Best
COM OS GANHOS NO HORIZONTE
Face à manutenção da conjuntura económica e das incertezas que a rodeiam, os especialistas do Banco Best não realizaram alterações às carteiras para o mês de Novembro. "Mantemos a nossa visão de longo prazo, conscientes de que os níveis de avaliação dos activos de risco reflectem o momento actual de incerteza e não o real valor desses activos", explica a Direcção de Investimentos do banco.
Na primeira metade do mês de Outubro, as carteiras de fundos recomendadas pelo Banco Best registaram um desempenho positivo. O portefólio agressivo quase anulou os prejuízos acumulados em Setembro ao avançar 4% na primeira metade do mês, estimulado pela valorização dos mercados accionistas europeus e norte-americanos. O desempenho dos fundos de acções DWS Invest US Value Equities e Threadneedle Pan European Equity Dividend Retail Net, que investem naqueles mercados e representam 40% do portefólio, demonstra bem a relação. Na primeira metade do mês, estes fundos valorizaram 7,5% e 6,85%, respectivamente.
Na carteira prudente, o ganho de Outubro ascendia a 1,3%, devido ao desempenho dos mesmos fundos de acções que, embora com menor peso, estão presentes no portefólio prudente, ao fundo do sector de recursos naturais Vontobel Belvista Commodity, e ao fundo Amundi Volatility Euro Equities, um fundo que ganha valor quando a volatilidade no mercado accionista europeu aumenta.
Banco BIG
QUANDO A PRUDÊNCIA É O MELHOR ATAQUE
Ao contrário dos seus congéneres, o Banco Big optou por realocar cerca de 70% do valor das carteiras. Ainda assim, na carteira prudente, a mais rentável entre as congéneres com o mesmo perfil, "as novas recomendações manterão a exposição praticamente inalterada em termos de alocação pelas diferentes classes de activos", explica Rui Broega, da Direcção de Gestão de Activos do banco. "Procurámos melhorar a qualidade dos activos que compõem a carteira. Logo, propomos a alteração de gestores na componente de dívida corporativa com a inclusão dos fundos BlackRock Global High Yield Bond e Schroder Global Corporate Bond", diz Broega. O objectivo é aumentar a diversificação do portefólio em termos geográficos e de rating de crédito, e prepará-lo para "uma inversão dos spread de crédito, que julgamos transaccionarem a níveis exagerados para a conjuntura", justifica o especialista. Com o intuito de dar mais flexibilidade à carteira, o banco introduziu também os fundos BlackRock Global Allocation e o JPMorgan Global Capital Preservation.
Na carteira agressiva, que mantém-se em terreno negativo à três meses, o banco propõe alterações na componente accionista que visem a diversificação geográfica, sectorial e a exposição a mercados emergentes. Já na parte obrigacionista, é acrescentado o fundo Blackrock Global High Yield Bond, para beneficiar de uma eventual descida dos spread. Dada a recente correcção dos preços das principais matérias-primas, o banco acrescentou também o fundo ING Invest Materials à carteira.
Deutsche Bank
CARTEIRA AGRESSIVA LIDERA GANHOS
Segundo os especialistas do Deutsche Bank, "os factores de stress que têm contribuído para a volatilidade de mercado não deram sinais de abrandamento nos últimos meses, com os mercados a sinalizarem que o actual nível de crescimento económico global é insuficiente". Neste sentido, o banco decidiu também não realizar alterações às carteiras de fundos.
Apesar da incerteza, ambos os portefólios de fundos recomendados pelo banco estão em terreno positivo e o cabaz com perfil agressivo merece alguma atenção. Desde o início das recomendações, a carteira de fundos indicada a investidores com apetência para o risco rendeu 11,9%, o equivalente a 4,86% por ano. Do lado oposto, a carteira com perfil mais avesso ao risco regista o desempenho mais modesto entre os portefólios de fundos recomendados a investidores mais avessos ao risco: 0,67%, em termos anualizados.
Além da evolução da crise da dívida na Zona Euro, os especialistas do banco crêem que a época de resultados irá dominar as atenções dos investidores nos próximos tempos e não es-peram notícias negativas. "A economia continua a crescer, ainda que pouco, os custos unitários de trabalho não têm subido, a capacidade de utilização tem aumentado ligeiramente e os preços das matérias-primas têm caído. Assim sendo, as surpresas positivas poderão sobrepor-se às negativas.