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Fundos portugueses reforçam aposta na Nos, EDPR e Apple
Os fundos de investimento geridos em Portugal reforçaram ligeiramente a aposta no mercado português de acções e também na dívida portuguesa. O investimento na Apple é superior ao efectuado no BCP.
A Nos e a EDP Renováveis foram em Agosto as cotadas que apresentavam o maior peso nas carteiras dos fundos de investimento mobiliários (FIM) portugueses.
De acordo com os dados revelados pela CMVM esta segunda-feira, 12 de Setembro, os FIM tinham aplicados 174,5 milhões de euros nas cotadas portuguesas, o que traduz um ligeiro crescimento de 0,5% face a Julho. Em sentido inverso, o valor das aplicações em acções de emitentes estrangeiros recuou 0,6%.
A Nos era a cotada preferida dos fundos, com 17,2 milhões de euros aplicados, quase 10% do total e mais 11,6% do que em Julho. Em segundo lugar surge a EDP Renováveis, com um aumento do investimento de 2,2% para 14,8 milhões de euros.
Na Sonae SGSP, que liderou este "ranking" durante vários meses, o investimento aumentou 3,8% para 14,3 milhões de euros.
O reforço do investimento nestas três cotadas foi feito à custa da menor exposição a cotadas como o BCP (-2%) e a Jerónimo Martins. Nos CTT o desinvestimento foi ainda mais pronunciado (-15,1%).
Nas acções de empresas estrangeiras destacou-se a Apple, com um reforço de 12,7% para 13,4 milhões de euros no mês anterior ao lançamento do iPhone. Se integrasse o "ranking" de Portugal, a empresa da maça surgiu na quinta posição.
Acima da Apple, nas apostas dos gestores de fundos, surgem a Siemens e a Johnson Johnson.
Na dívida pública nacional, o valor das aplicações subiu 16,6% para 155,1 milhões de euros, enquanto na dívida pública estrangeira aumentou 2,0% para 1.049,1 milhões.
O Luxemburgo continuou a ser o principal destino de investimento dos FIM em agosto, ao absorver 18,3% do total das aplicações dos fundos, seguido do Reino Unido (14,1%), da Alemanha (10,7%), de Itália e de Portugal (ambos com 10,1%).
As sociedades gestoras com as maiores quotas de mercado foram Caixagest (33,4%), BPI Gestão de Activos (26,8%) e IM Gestão de Ativos (14,6%).