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Fundos de pensões têm o pior ano de sempre

O património dos fundos de pensões nacionais nunca sofreu uma desvalorização tão alta como em 2008. As perdas deste grupo de investimentos, que agrega os fundos de pensões abertos, fechados e os planos poupança reforma (PPR), superaram os 15%, segundo as estimativas da consultora Watson Wyatt, divulgadas sexta-feira.

08 de Janeiro de 2009 às 13:12
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O património dos fundos de pensões nacionais nunca sofreu uma desvalorização tão alta como em 2008. As perdas deste grupo de investimentos, que agrega os fundos de pensões abertos, fechados e os planos poupança reforma (PPR), superaram os 15%, segundo as estimativas da consultora Watson Wyatt, divulgadas sexta-feira.

As aplicações em acções foram as principais responsáveis pelo mau desempenho dos fundos de pensões, num ano em que a valorização de dois dígitos das posições dívida revelou-se insuficiente para compensar a crise que se instalou nas bolsas.

As estimativas da Watson Wyatt apontam para uma desvalorização de 15,5% das carteiras dos fundos de pensões nacionais, em 2008. Trata-se da maior queda de sempre, a qual resulta directamente da forte queda dos investimentos em acções, representativos de mais de 24% dos activos geridos no final de Dezembro. E, na componente accionista, as aplicações nas empresas portuguesas são quem pior sai no retrato do último ano.

O investimento dos fundos de pensões em acções nacionais desvalorizou 48,5%, naquele que foi o pior desempenho de 2008. Seguiu-se a componente de acções europeias e a de acções internacionais. A exposição às acções foi mesmo a única a registar perdas de dois dígitos, ilustrando, assim, o tumulto generalizado vivido nas bolsas mundiais.

O último ano foi ainda assinalado por uma política de investimentos dos fundos de pensões mais conservadora. 2008 terminou com um reforço dos gestores nos títulos de dívida, pública e privada, que representavam metade do património gerido no final de Dezembro. Foi, justamente, esta realocação para activos de risco mais baixo que impediu uma desvalorização mais significativa das carteiras dos fundos de pensões. As maiores valorizações verificaram-se nas aplicações em obrigações internacionais e de dívida pública europeia, que foram os únicos activos a registar, em 2008, ganhos superiores a um dígito.

A estratégia mais conservadora dos gestores revelou-se também num maior investimento em liquidez, que já representam acima de 8% dos activos sob gestão. Uma aposta que trouxe alguns frutos, dado que esta componente valorizou perto de 5%, impedindo, assim, uma perda mais pronunciada.

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