Notícia
Aryeh Bourkoff, fundador do Lion Tree, mostra a importância dos negócios das arábias
Wall Street está sedenta dos muitos milhões de dólares que o Médio Oriente tem disponíveis. Aryeh Bourkoff, fundados da Lion Tree, exemplifica esta realidade.
Assim, de repente, o nome de Aryeh Bourkoff, figura influente de Hollywood, não faz soar campainhas. Nascido em 1972, Bourkoff foi uma estrela do UBS na qualidade de analista e é fundador e diretor executivo da LionTree Partners, uma empresa global de investimento, e tem vindo a robustece r a sua fortuna com apostas de sucesso em startups com a Epic Games, a linha de lingirie de Rihana ou o sitede streaming de futebol americano, Fubo TV.
É apontando como apoiante da vice-presidente norte-americana, a democrata Kamala Harris, mas é igualmente identificado como próximo de Jared Kushner, genro do antigo presidente dos EUA, Donald Trump.
Estas ligações políticas são relevantes para enquadrar a história que vem a seguir, divulgada pelo site Semafor. Aryeh Bourkoff saiu da sua zona de conforto enquanto investidor, as startups, sobretudo tecnológicas, comprando ações no IPO da ADNOC Gas, a produtora estatal de gás de Abu Dhabi.
O negócio, adianta o Semafor, materializou-se a pedido do maior investidor de Bourkoff, o poderoso irmão do governante de Abu Dhabi, o Sheikh Tahnoon bin Zayed, conselheiro de segurança nacional dos Emirados Árabes Unidos e irmão do presidente do país, Mohamed bin Zayed.
Os outros investidores do fundo Lion Tree chegaram a desaconselhar o investimento, argumentando que o objetivo do mesmo é o de apoiar "indústrias criativas e a economia digital", mas acabaram por ceder porque os IPO no Golfo Pérsico tendem a ter preços atrativos e a subir rapidamente, deixando a Lion Tree com um lucro rápido, afirmou uma fonte ao Semafor.
Os fundos de investimento querem atrair os muitos mil milhões de dólares que os estados do Médio Oriente que desejam desviar as suas economias, assentes nos combustíveis fósseis e "com a máquina de dinheiro do Ocidente, composta por capital de risco e "private equity", estagnada, o dinheiro oferecido pelos Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita e Qatar torna-se ainda mais sedutor", sublinha o site norte-americano.
Só o Abu Dhabi controla cerca de 1,5 biliões de dólares, cerca de dois terços sob a rede de fundos de Sheikh Tahnoon. Entre as últimas movimentações contam-se a de ter injetado os fundos necessários para o negócio de aviões da Apollo, o braço imobiliário do Blackstone, e também para o novo fundo desportivo e de media de Jeff Zucker, que está prestes a ser dono do jornal londrino The Telegraph.
O investimento de Bourkoff na ADNOC, mostra o desejo de Wall Street de ficar do lado certo dos decisores do Médio Oriente.