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Wall Street arranca semana a perder com dados do emprego na mira de investidores
Os três índices registaram perdas esta segunda-feira, dando sinais de que a incorporação de um corte das taxas de juros por parte da Reserva Federal (Fed) dos Estados Unidos poderá ter ido longe demais.
As bolsas norte-americanas terminaram a sessão com perdas, dando sinais de que a incorporação de um corte das taxas de juros por parte da Reserva Federal (Fed) dos Estados Unidos poderá ter ido longe demais.
O S&P 500, referência para a região, cedeu 0,54% para 4.569,78 pontos, o industrial Dow Jones caiu 0,11% para 36.204,44 pontos e o tecnológico Nasdaq Composite recuou 0,84% para 14.185,5 pontos.
A atenção dos investidores está agora nos dados do emprego, com a divulgação do número de vagas disponíveis em outubro, na terça-feira, e os pedidos de subsídio de desemprego, na quinta-feira. A semana termina com a divulgação da criação de emprego, assim como a taxa de desemprego, em outubro.
Estes dados serão atentamente digeridos pelos investidores, que procuram obter pistas sobre o curso da política monetária. Um enfraquecimento do mercado laboral poderá ser interpretado como menor pressão sobre a Fed para continuar a subir os juros, enquanto uma maior robustez pode dar margem para manter a política monetária em níveis restritivos durante mais tempos.
"Todos os olhos estarão no relatório mensal de sexta para ver se confirma a tendência de arrefecimento que vimos no mês anterior. Se não, poderá renovar as preocupações de um adiamento do corte das taxas da Fed em 2024", afirmou Chris Larkin, da E*Trade no Morgan Stanley, em declarações à Bloomberg.
Michael Wilson, analista do Morgan Stanley, disse que as ações caminham para um final de ano agitado, antevendo volatilidade "tanto nas obrigações como nas ações".
"O maior risco a curto prazo para os mercados pode simplesmente ser que após um 'rally' fenomenal, uma pausa de consolidação pode ser necessária", afirmou ainda Jason Draho, da UBS Global Wealth Management, em declarações à Bloomberg. "Foram incorporadas muitas boas notícias e o facto de os investidores verem poucos riscos iminentes torna os mercados mais vulneráveis até às pequenas desilusões", acrescentou.