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Tecnológicas da China voltam a perder gás com rival do TikTok a afundar 12%

O setor que reúne as maiores empresas de tecnologia no país voltou a cair, com os resultados da Kuaishou a desapontarem.

26 de Agosto de 2021 às 13:31
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As ações das maiores empresas de tecnologia chinesas voltaram a sofrer uma queda nesta quinta-feira, depois de um ganho acumulado de quase 10% nas primeiras três sessões desta semana. O destaque da sessão, que teve lugar durante a madrugada em Lisboa, foi para a rival do TikTok, Kuaishou, que viu as suas ações afundarem 12% depois de apresentar resultados abaixo do esperado pelos analistas.

O Hang Seng Tech index, índice de Hong Kong que agrupa as maiores empresas chinesas cotadas deste setor como a Alibaba e a Tencent, sofreu uma queda de 2,3%, com a pressão regulatóra da China sobre as suas maiores empresas de tecnologia a fazer-se ainda sentir. Só em 2021, este índice perdeu dois terços do seu valor face a dezembro do ano passado.

O "sell-off" desta quinta-feira surgiu depois de a Kuaishou ter anunciado um prejuízo de 7 mil milhões de renmibis (o equivalente a cerca de 917 milhões de euros) no segundo trimestre deste ano, depois de ter registado perdas idênticas nos três meses anteriores. Desde o pico de fevereiro, as ações da empresa caíram 83%, eliminando quase todos os ganhos.

No início desta semana, os investidores agarraram-se a outros dados e notícias, que não a pressão regulatória de Pequim, para fazer valorizar estas cotadas. Entre estes dados estiveram os resultados trimestrais da JD.com, com as vendas a superarem as estimativas do mercado, e a entrada do fundo de Cathie Wood, o Ark, a comprar ações nesta empresa, depois de ter reduzido a sua exposição a todas as empresas chinesas para perto de zero, este ano.

Pequim voltou à carga contra as tecnológicas. O mais recente incidente recai sobre um esboço para uma nova legislação que tem como objetivo combater a concorrência desleal que as maiores empresas de tecnologia no país. Nas últimas semanas, depois de 40 anos a permitir que o mercado tecnológico prosperasse de forma robusta, Xi Jinping, líder da segunda maior economia do mundo, lembrou os mercados que a foice e o martelo amarelos estão desde sempre à frente do pano vermelho que compõe a bandeira do Partido Comunista Chinês.

A China mudou de postura, passando da "versão americana" para a "versão alemã" em termos de regulação, de acordo com Chen Li, estratega da Soochow Securities, citado pela Bloomberg. Numa outra nota, Chris Leung, economista da DBS Group, diz mesmo que 
"o abandono de Pequim do modelo anglo-saxónico já começou", e agora "o modelo alemão é um forte candidato como orientador para o desenvolvimento".
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