Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

Tagus compra 898 milhões de euros do défice tarifário de 2024 da EDP e há mais vendas a caminho

A "carteira" de défice tarifário foi vendida pela SU Eletricidade, detida em 100% pela EDP, à Tagus. A energética espera vender o remanescente do défice tarifário do próximo ano "até ao final da semana".

A EDP Renováveis é a cotada do índice nacional com a maior margem de lucro: 26,9%.
Miguel Baltazar
18 de Dezembro de 2023 às 21:49
  • ...

A EDP chegou a acordo para a venda de 898 milhões de euros do défice tarifário de 2024 à Tagus – Sociedade de Titularização de Créditos, informou a energética em comunicado enviado esta segunda-feira à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

"A SU Eletricidade, comercializadora de último recurso do sistema elétrico português, detida a 100% pela EDP, acordou o preço da venda plena e sem recurso, à Tagus – Sociedade de Titularização de Créditos, de 898 milhões de euros do défice tarifário de 2024", pode ler-se no documento.

A Tagus financiará a aquisição desta parcela do défice tarifário através da emissão de 930 milhões euros em dívida sénior com um cupão de 3,45%, dos quais 5% serão retidos pela SU. Esta retenção é explicada por uma questão de gestão de risco refletida nas regras europeias, britânicas e norte-americanas.

A emissão destes instrumentos de dívida está ainda sujeita  a formalidades, sendo de destacar a aprovação do prospeto pela CMVM, sendo intenção admitir à negociação na Euronext Lisbon. A EDP não esclarece quando será enviado o prospeto ao supervisor liderado por Luís Laginha de Sousa.

E de onde vem este défice tarifário que está agora a ser transacionado? No comunicado, a empresa liderada por Miguel Stilwell de Andrade explica que resulta "do diferimento por 5 anos da recuperação dos custos adicionais a suportar pela SU em 2024, incluindo os ajustamentos dos dois anos anteriores, relacionados com a compra de eletricidade a produtores que beneficiam de regimes de remuneração garantida ou outros regimes subsidiados".

Com este negócio, a EDP não vendeu o total de défice tarifário "em carteira", esperando mudar de mãos o remanescente "até ao final da semana".

Paralelamente a esta operação de venda, a casa-mãe da família EDP realizou uma recompra do total do ajustamento tarifário do ano passado, que foi vendido em setembro e que diz respeito "à venda e compra de eletricidade a produtores que beneficiam de regimes de remuneração garantida, por 300 milhões de euros".

Ver comentários
Saber mais Empresas Economia negócios e finanças Mobiliário e decoração Crédito e dívida Energias de Portugal Comissão do mercado de valores mobiliários (CMVM) Euronext Lisbon Miguel Silwell de Andrade EDP energia SU
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio