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Spotify dispara 150% desde março e poderá ser um "caso sério" em bolsa

A empresa de streaming de música e podcasts viu as suas ações escalarem desde os mínimos tocados em março, numa altura em que se assume cada vez mais como a maior empresa do setor. Está em máximos históricos e vale mais de 50 mil milhões de dólares.

Reuters
06 de Julho de 2020 às 11:55
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O Spotify disparou 151% para máximos históricos desde os mínimos de 16 de março até à última sessão da semana passada, beneficiando de uma conjugação de fatores para empresas de "streaming" crescerem, como o confinamento decretado um pouco por todo o mundo.

Agora, com a empresa a valer mais de 50 mil milhões de dólares em bolsa, poderá estar a caminho de se juntar às gigantes tecnológicas de Wall Street. 

"[O Spotify] está a fazer aquilo que o Facebook fez com as redes sociais, o que a Amazon fez com o comércio online e o que a Google fez com a publicidade online", começa por escrever Justin Spittler, analista da RiskHedge. Acrescenta que, assumindo praticamente todo o monopólio da indústria musical, o Spotify estará no mesmo pedestal onde se encontram as congéneres Netflix, Facebook e Google dentro de alguns anos.  

Spittler refere que "a próxima grande ação de tecnologia está a nascer mesmo por baixo dos nossos olhos", referindo-se à cotada que se estreou em bolsa em abril de 2018. Dentro de poucos anos terá cerca de 500 milhões de utilizadores e estará avaliada em "milhares de milhões de dólares". 

"Assim como aconteceu com a Netflix no streaming, o Spotify estabeleceu-se como o principal 'player' mundial de podcasts", adianta.

A empresa é a líder no segmento de "streaming" de música, com cerca de 300 milhões de utilizadores por todo o mundo e uma biblioteca composta por mais de 50 milhões de músicas. Recentemente, tornou-se a segunda marca mais reconhecida do mundo, segundo a empresa de consultoria Prophet, à frente de outras como a Disney ou a Nike, por exemplo.  

O seu IPO (oferta pública inicial) diferiu ligeiramente do esquema habitual em Wall Street, uma vez que não foi uma operação mediada por nenhum banco. O CEO da empresa, Daniel Ek, optou por colocar as ações à venda diretamente junto dos investidores, algo inédito na história dos IPO em Wall Street.
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