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Seguros de capitalização cobram 11 milhões a mais em comissões

A Associação de Defesa do Consumidor (DECO) alerta que os seguros de capitalização comercializados pelas seguradoras são muito caros e pouco seguros . No boletim Proteste Poupança , os especialistas concluem que quem aplicou poupanças nestes produtos pagou 11 milhões de euros a mais em comissões.

11 de Novembro de 2009 às 15:12
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A Associação de Defesa do Consumidor (DECO) alerta que os seguros de capitalização comercializados pelas seguradoras são “muito caros” e “pouco seguros”. No boletim “Proteste Poupança”, os especialistas concluem que quem aplicou poupanças nestes produtos pagou 11 milhões de euros a mais em comissões.

A “Proteste Poupança”, que comparou 23 seguros com capital garan­tido e rendimento variável, assegura que os custos suportados nos seguros de capitalização são um “ponto fraco face aos de outras alternativas de poupança, como fundos de investimento ou certificados de afor­ro”

“Em média, por cada entrega é cobrado 1,3%, mas pode atingir 3,09%”, pode ler-se na Proteste Poupança . Os fundos mistos defensivos cobram 0,06%, 22 vezes menos que os seguros de capitalização, afirma a DECO. E nas contas dos especialistas da associação de defesa dos consumidores, “em 2008, os consumidores pagaram € 11 milhões a mais em comissões de subscri­ção e entrega face ao custo dos fundos mistos defensivos”.

E acrescenta que: “Os seguros são uma ‘mina’ para as seguradoras e bancos: a comissão de gestão custa, em média, 0,9% e a de resgate pode custar 5% no primeiro ano”.

Falta de transparência A DECO critica ainda a falta de transparência no modo de aplicar a comissão de subscrição:”na maioria dos casos, as apólices indicam que esta é deduzida ao valor entregue. Se a comissão for de 3% e aplicar € 100, € 3 vão para os bolsos da se­guradora, ou seja, o investimento foi de apenas 97 euros e a comissão cobrada de 3,09%”.

Além disso, a informação sobre “a rentabilidade é calculada e comunicada só uma vez por ano, o que torna difícil acompanhar a evolução”.

Falta de segurança De acordo com o boletim “Proteste Poupança”, estes produtos também pecam pela falta de segurança. “Embora se apelidem de ‘seguros’, em caso de falência da segura­dora, o mecanismo protector do investidor é inferior ao de outras aplicações. Por exemplo, nos depósitos, o fundo de garantia protege até € 100 mil por ti­tular. Nos seguros, só as reservas técnicas servem de garantia, estão à guarda seguradora e podem ser insuficientes. Falta criar um mecanismo compensatório externo e independente”.

A DECO afirma em comunicado que já enviou as suas reivindicações ao Instituto de Seguros de Portugal e ao Ministério das Finanças e “espera que a reforma da supervisão financeira, em consulta pública, aumente a segurança e transparência destes seguros”.

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