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REN paga 2,5% para se financiar em 300 milhões de euros

A REN foi esta quinta-feira, 5 de Fevereiro, ao mercado financiar-se ter aceitado pagar um "spread" de 182 pontos base, o que indica que a empresa terá pago cerca de 2,5% para se financiar em 300 milhões de euros.

Miguel Baltazar
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A Rede Energéticas Nacionais (REN) aproveitou a melhoria de "outlook" da sua dívida por parte da Stantard & Poor’s, na sexta-feira, para regressar ao mercado através de uma emissão de obrigações a 10 anos.

 

A REN emitiu 300 milhões de euros em títulos de dívida e terá aceitado pagar um "spread" de 182 pontos base acima da taxa de juro de mercado, segundo a Bloomberg, uma informação que foi, entretanto, confirmada pela empresa em comunicado emitido para a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). Os "swaps" a 10 anos estão esta quinta-feira nos 0,7095%, pelo que a taxa final ficará em redor de 2,529%. O "spread" foi revisto em baixa, pois inicialmente estava fixado em 200 pontos base.

 

A REN consegue assim financiar-se a um custo inferior ao de Portugal, que em Janeiro emitiu 3,5 mil milhões de euros a 10 anos com uma taxa de juro de 2,92%.

 

Ainda segundo a agência de notícias, o BNP Paribas, o CaixaBI, o Millennium BCP e o RBS são os bancos que estão a organizar a operação.

 

Esta emissão ocorre depois de na semana passada a perspectiva do "rating" da dívida da REN por parte da Standard & Poor's ter sido melhorada de "estável" para "positiva". A notação foi mantida em "BB+/B", o nível mais elevado das classificações de crédito com qualidade considerada especulativa.

 

Gonçalo Morais Soares (na foto), o administrador financeiro da REN, disse ao Negócios nesse dia que as actuais condições são "atractivas" e que a REN poderia emitir dívida "no curto prazo", com o objectivo de angariar até 400 milhões. 

 

Os livros de ordens da emissão desta quinta-feira ainda não estão fechados, pelo que consoante a procura a REN poderá optar por aumentar o montante da colocação.

 

Estamos atentos a oportunidades de mercado para podermos refinanciar a nossa dívida de forma atractiva", afirmou Gonçalo Morais Soares ao Negócios. A REN pretende "ter liquidez para estar financiada com antecedência", seguindo a estratégia de financiamento dos últimos dois anos. "Refinanciámos quase toda a dívida, estamos financiados com mais de dois anos de antecedência e aumentámos a maturidade da dívida para um pouco acima dos quatro anos", realçou o  administrador.  

 

(Notícia actualizada às 17h15 com informação do comunicado da REN)

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