Notícia
"Num cenário de recuperação Portugal poderá registar um melhor desempenho"
A reduzida liquidez de várias cotadas nacionais é um factor estrutural de que a bolsa portuguesa padece e que, na opinião de Pedro Pintassilgo, da F&C Investments, contribuiu decididamente para o pior desempenho do mercado nacional em comparação com a Europa.
31 de Julho de 2008 às 00:01
A reduzida liquidez de várias cotadas nacionais é um factor estrutural de que a bolsa portuguesa padece e que, na opinião de Pedro Pintassilgo, da F&C Investments, contribuiu decididamente para o pior desempenho do mercado nacional em comparação com a Europa.
Contudo, o gestor acredita numa melhoria do ambiente nos próximos meses, que poderá passar por uma recuperação mais expressiva da bolsa de Lisboa. Pedro Pintassilgo explica a forte correcção do mercado de capitais português com "a existência de vários títulos com liquidez muito limitada que, em momentos de 'stress' conduz a quedas de preços, muitas vezes, muito significativas". No entanto, esta penalização da bolsa de Lisboa não deverá ser dissociada do "travão" da economia.
"Outro factor adicional está associado a um abrandamento económico, quer em Portugal quer na Zona Euro, que afecta a generalidade da 'performance' operacional e financeira das empresas cotadas no PSI-20", acrescenta.
Mas, se nas perdas, a correcção é mais sentida em Lisboa, também nos ganhos a recuperação poderá ser mais acentuada. O gestor explica: "Já vimos em Portugal uma recuperação dos mínimos e acreditamos que, num cenário de recuperação dos principais mercados internacionais, Portugal poderá até registar uma melhor 'performance' relativa."
Entre os diversos acontecimentos que poderão determinar a inversão da tendência do mercado nos meses que se avizinham, Pedro Pintassilgo destaca três factores principais. Todos internacionais.
"O fim do 'stress' no sector financeiro e a estabilização do mercado imobiliário norte-americano, bem como a continuada queda do preço do petróleo são os factores que mais contribuirão para a recuperação dos mercados accionistas", explicou. Perante a instabilidade que impera desde o início da turbulência, no Verão passado, o gestor da F&C recomenda os investidores a procurarem "activos mais defensivos, com maior estabilidade de geração de 'cash flows' e menores níveis de endividamento".
"Contudo, permanecer investido em acções e garantir um mínimo de diversificação no portfólio é a melhor estratégia", adverte.
Contudo, o gestor acredita numa melhoria do ambiente nos próximos meses, que poderá passar por uma recuperação mais expressiva da bolsa de Lisboa. Pedro Pintassilgo explica a forte correcção do mercado de capitais português com "a existência de vários títulos com liquidez muito limitada que, em momentos de 'stress' conduz a quedas de preços, muitas vezes, muito significativas". No entanto, esta penalização da bolsa de Lisboa não deverá ser dissociada do "travão" da economia.
Mas, se nas perdas, a correcção é mais sentida em Lisboa, também nos ganhos a recuperação poderá ser mais acentuada. O gestor explica: "Já vimos em Portugal uma recuperação dos mínimos e acreditamos que, num cenário de recuperação dos principais mercados internacionais, Portugal poderá até registar uma melhor 'performance' relativa."
Entre os diversos acontecimentos que poderão determinar a inversão da tendência do mercado nos meses que se avizinham, Pedro Pintassilgo destaca três factores principais. Todos internacionais.
"O fim do 'stress' no sector financeiro e a estabilização do mercado imobiliário norte-americano, bem como a continuada queda do preço do petróleo são os factores que mais contribuirão para a recuperação dos mercados accionistas", explicou. Perante a instabilidade que impera desde o início da turbulência, no Verão passado, o gestor da F&C recomenda os investidores a procurarem "activos mais defensivos, com maior estabilidade de geração de 'cash flows' e menores níveis de endividamento".
"Contudo, permanecer investido em acções e garantir um mínimo de diversificação no portfólio é a melhor estratégia", adverte.