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Queda do BCP arrasta bolsa nacional que desliza mais de 2%
A bolsa nacional deslizava mais de 2%, num dia em que o BCP depreciou mais de 8% para o nível mais baixo dos últimos nove meses, após a agência governamental romena ter anunciado que o banco liderado por Paulo Teixeira Pinto foi um dos dois seleccionados
A bolsa nacional deslizava mais de 2%, num dia em que o BCP depreciou mais de 8% para o nível mais baixo dos últimos nove meses, após a agência governamental romena ter anunciado que o banco liderado por Paulo Teixeira Pinto foi um dos dois seleccionados para o concurso de compra de 61,9% do Banca Comerciala Romana (BCR).
O PSI-20 [psi20] cedia 2,14% para os 7.738,07 pontos, com 15 acções em queda, duas a subir e três inalteradas.
O Banco Comercial Português (BCP) [bcp] desvalorizava 7,69% para os 2,04 euros, depois de ter caído um máximo de 8,6% para os 2,02 euros, o valor mais baixo desde Janeiro. O banco já tinha negociado mais de 30,7 milhões de acções, o que compara com os 9,7 milhões transaccionados durante toda a sessão de ontem e com uma média diária de 8,9 milhões registada nos últimos seis meses.
A agência governamental «Authority for Assets Recovery» (AVAS) escolheu o BCP e o Erste Bank, maior banco da Áustria, para integrar a «short list» de instituições financeiras com quem vai agora negociar directamente a venda da posição de controlo do BCR, que os analistas avaliam em cerca de 2 mil milhões de euros. O BCP emitiu um comunicado onde confirma ter recebido a informação de que foi um dos dois bancos seleccionados.
O BCP assegurou no comunicado que vai manter «adequados níveis de Capital», sendo que «tomará as necessárias medidas incluindo, nomeadamente, o reforço de fundos próprios de base que se mostre necessário para concretizar esta operação», caso venha a ser o escolhido para comprar o BCR.
O Banco Espírito Santo (BES) [besnn] subia 0,38% para os 13,2 euros, no dia em que apresentou os resultados dos primeiros nove meses de 2004. Os lucros avançaram para 208 milhões de euros nos primeiros nove meses deste ano com um crescimento dos activos de 14,5%, divulgou a instituição em comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
O Banco BPI [bpin] caía 1,37% para os 3,61 euros e a Brisa [brisa] descia 0,6% para os 6,61 euros.
A Energias de Portugal (EDP) [edp] depreciava 0,87% para os 2,29 euros. A eléctrica nacional vai apresentar hoje os resultados dos primeiros nove meses do ano. Os lucros da EDP terão ascendido a 376 milhões de euros em normas internacionais IAS, segundo a média das estimativas dos analistas contactados pela Reuters. Os resultados da EDP terão sido suportados pela performance da Cantábrico e Brasil, que contrabalançou um maior volume de provisões.
A Portugal Telecom (PT) [ptc] recuou 0,79% para os 7,49 euros. Segundo a Morgan Stanley as acções da PT têm um potencial de valorização de 15% mas sofrem de uma falta de catalisadores. A casa de investimento atribui uma recomendação de «equalweight» e um preço-alvo de 8,70 euros aos títulos da operadora de telecomunicações.
A Sonaecom [snc] recuava 0,87% para os 3,4 euros, depois da empresa ter anunciado ontem após o fecho da sessão que os lucros atribuíveis à Sonaecom caíram cerca de 45% nos primeiros nove meses deste ano, para os 7,345 milhões de euros, o que ficou acima das previsões dos analistas. Os resultados da empresa foram influenciados pela queda de todas as áreas de negócio incorporadas na Sonaecom.
A Sonae SGPS [son] depreciava 1,46% para os 1,35 euros, no dia em que a Sonae Sierra anunciou que aumentou os lucros do terceiro trimestre em cerca de 45% para os 65,51 milhões de euros. Os resultados da empresa foram impulsionados pela actividade em Espanha, de acordo com o comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
A Novabase [nba], que também apresentou os resultados ontem depois do fecho da sessão, subia 0,31% para os 6,43 euros. A Novabase anunciou que os resultados líquidos dos primeiros nove meses deste ano aumentaram 41% para 5 milhões de euros, um valor que ficou em linha com as perspectivas dos analistas.