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Queda da confiança dos consumidores abala Wall Street

Os principais índices bolsistas dos Estados Unidos fecharam em baixa, pela segunda sessão consecutiva, penalizados pelo indicador da confiança dos consumidores, que caiu para o mais baixo nível desde Abril de 2009.

23 de Fevereiro de 2010 às 21:09
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Os principais índices bolsistas dos Estados Unidos fecharam em baixa, pela segunda sessão consecutiva, penalizados pelo indicador da confiança dos consumidores, que caiu para o mais baixo nível desde Abril de 2009.

O índice industrial Dow Jones cedeu 0,97%, fixando-se nos 10.282,41 pontos. O S&P 500 perdeu 1,21%, para se estabelecer nos 1.094,60 pontos.

O índice tecnológico Nasdaq marcou 2.213,44 pontos, com uma desvalorização de 1,28%.

Às 14h de Lisboa, foi divulgado que o índice S&P/Case-Shiller dos preços das casas aumentou 0,3% em Dezembro de 2009 face ao mês anterior, numa base ajustada sasonalmente, superando as previsões dos economistas. Tratou-se do sétimo mês consecutivo de subida. Face a Dezembro do ano anterior, registou uma descida de 3,1% - o decréscimo menos acentuado desde Maio de 2007.

No entanto, este dado não foi suficiente para que as praças norte-americanas conseguissem abrir em terreno positivo. Os futuros já estavam em queda devido ao declínio inesperado da confiança empresarial na Alemanha em Fevereiro e depois de o UBS referir a probabilidade de um retrocesso dos mercados accionistas. Os analistas Michael Riesner e Marc Muller apontaram a possibilidade de o S&P500 regressar aos 1.086 pontos.

Por outro lado, o ‘efeito Bernanke’ também pesou. “Os operadores estão ansiosamente à espera do testemunho de Bernanke”, comentou à Bloomberg o estratega David Morrison, da GFT. Ben Bernanke, presidente da Fed, poderá dizer esta semana que não está iminente uma subida dos juros, devido ao fraco desempenho do mercado laboral.

Recorde-se que o presidente da Reserva Federal vai apresentar o seu relatório semi-anual sobre a economia e as taxas de juro aos painéis da Câmara dos Representantes e do Senado nos dias 24 e 25 de Fevereiro.

Entretanto, às 15h de Lisboa, os EUA anunciaram que a confiança das famílias norte-americanas caiu para 46 em Fevereiro (o nível mais baixo dos últimos 10 meses), contra 56,5 em Janeiro, o que afundou ainda mais as praças do outro lado do Atlântico.

A Exxon Mobil e a ConocoPhillips terminaram em terreno negativo, pressionadas pela descida dos preços do petróleo na sessão de hoje. Estas duas empresas deram o mote às descidas de 38 dos 39 títulos energéticos listados no Standard & Poor’s 500.

A American Express, a Intel e a Alcoa encerraram igualmente em queda, sendo os títulos que lideraram as perdas do índice Dow Jones.

A Brocade Communications Systems também fechou no vermelho, depois de reportar resultados abaixo das estimativas dos analistas.

“As duas maiores questões que estão a pesar naquilo que as pessoas pensam são os empregos e a situação dos mercados accionistas”, comentou à Bloomberg Keith Wirtz, responsável de investimento da Fifth Third Asset Management. “As bolsas parecem estar a ser preponderantes no rumo da confiança dos consumidores e a recente correcção reflectiu-se no valor do indicador, hoje divulgado”, acrescentou.

Veja também:
As cotações dos principais índices

A evolução das acções do Dow Jones e Nasdaq 100

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