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PSI-20 encerra semana com maior subida de dois meses

O PSI-20 valorizou quase 2% numa semana pontuada pelo anúncio das medidas de austeridade do Governo e do aliviar da pressão dos juros da dívida pública. A Galp valorizou quase 10%.

01 de Outubro de 2010 às 18:31
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O PSI-20 encerrou a semana com a maior valorização desde a primeira semana de Julho de 2010, fechando o balanço dos últimos cinco dias em alta de 1,92%.

O principal índice nacional acabou com 10 das suas cotadas a registar valorizações, nove que deslizaram no balanço global da semana, e uma cotada – a Cimpor - que se quedou inalterada.

A estrela da semana foi a Galp Energia, que fechou a semana com ganhos de 9,91%. Hoje a Repsol vendeu uma participação de 40% na sua unidade brasileira, por 7,1 mil milhões de euros, à chinesa Sinopec, um preço acima daquele a que os analistas avaliam os activos da exploração no Brasil, impulsionando os títulos em mais de 7% no dia de hoje. A petrolífera portuguesa é das cotadas que mais beneficiou com esta notícia, já que a sua avaliação se encontra muito exposta ao valor dos seus activos no Brasil.

A Jerónimo Martins renovou máximos históricos nesta semana, encerrando com valorizações de 1,65%, beneficiada por várias notas de investimento positivas como a do Citigroup, publicada na passada sexta-feira.

A *PT*, que também atingiu máximos de Janeiro de 2001, encerrou a semana com valorizações de 0,75%. A Zon encerrou a semana igualmente com valorizações de 2,82%.

A registar maiores quedas durante a semana, estiveram a Sonae Indústria, a encerrar depreciando 2,09%, e o restante sector energético – com a óbvia excepção da *Galp* - cujo balanço semanal foi de perdas: a EDP fechou a deslizar 0,79%, a EDP Renováveis recuou 0,75%, a par da REN, que encerrou a semana negocial com quedas de 0,60%.

Austeridade impulsiona Banca

Numa semana pontuada pelo anúncio pelo Governo de novas medidas de austeridade, a banca registou igualmente fortes valorizações: o BCP avançou no total 2,58%, ao passo que o BES fechou a semana a valorizar 2,49%. O BPI fez igualmente um balanço positivo de 0,32%.

Apesar do novo imposto previsto para o sector bancário, as medidas de corte na despesa pública – através de cortes salariais escalonados na Administração Pública, congelamento das pensões, subida do IVA para 23%, e alteração do sistema de deduções do IRS, entre outros pontos quentes do Orçamento do Estado para 2011 – poderão restituir a confiança perdida dos investidores na dívida pública portuguesa. Tal reflectiu-se na descida de cerca de 50 pontos base nos juros da dívida portuguesa a 10 anos.

A própria subida expressiva das taxas de referência Euribor hoje revelam uma “normalização” do mercado, nas palavras da economista-chefe do BPI, Cristina Casalinho, deixando de haver “contracção” no financiamento, segundo os últimos dados divulgados pelo BCE sobre a concessão de crédito dos bancos às empresas e famílias.



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