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Portugueses pagam compras do dia-a-dia com cartão, mas têm cada vez mais débitos directos
Os pagamentos registaram uma evolução positiva em 2017, com estas operações a superarem 417 mil milhões de euros.
Os cartões de débito e de crédito continuam a ser o meio de pagamento preferido dos portugueses na realização de operações do dia-a-dia. Segundo os dados divulgados esta manhã pelo Banco de Portugal, a utilização de pagamentos electrónicos manteve a evolução positiva, enquanto os cheques continuam a reduzir o seu peso nos pagamentos.
Foram processadas 2.541 milhões de operações no SICOI, o sistema que processa as operações de pagamento de retalho em Portugal, em 2017, no valor de 417 mil milhões de euros, segundo as conclusões do Relatório dos Sistemas de Pagamentos do Banco de Portugal. Estas operações registaram uma evolução positiva face ao ano anterior, com o número e o valor das operações a crescer 8%.
"Em média, foram processadas diariamente 7,4 milhões de operações, no valor de 1,5 mil milhões de euros, mais 567,2 mil operações e 118,3 milhões de euros do que no ano anterior", refere o mesmo relatório.
Em termos de sistemas de pagamento, os meios electrónicos continuam a ganhar relevância, com os cartões a manterem a preferência. "O subsistema do Multibanco continuou a ter o maior peso relativo, de 86%, no volume global de operações processadas no SICOI (2.185 milhões de operações)", adianta o documento. Em termos de peso, as operações realizadas na rede Multibanco registaram um peso de 27,6%.
Ainda que os cartões sejam o meio de pagamento preferido nas operações diárias, os débitos directos estão a ganhar maior popularidade, com cada mais serviços a serem pagos desta forma. "O subsistema de débitos directos foi o que mais cresceu em 2017, com um aumento de 12,1% em número e de 16% em valor", adianta o Banco de Portugal.
Já os subsistemas de transferências a crédito e de operações realizadas através do Multibanco registaram taxas de crescimento de 8,2% e de 8%, para o número de operações, e de 10,9% e de 8,5%, para os montantes processados, respectivamente.
As compras online também aumentaram. A percentagem de pessoas que realizou compras através da Internet aumentou de 31% para 34%, contudo estas operações continuam a ser praticamente residuais em termos globais. Em termos de número e valor de compras, as operações online representaram apenas 3,9% e 5,9% do total.
Os cheques registaram evoluções negativas "de 11,6% em número e de 5,8% em valor e os efeitos reduções de 11,7% em número e de 7,7% em valor, respectivamente".