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Portugal Telecom impulsiona ganhos da praça lisboeta (act.)

A bolsa nacional fechou em alta, a acompanhar as restantes congéneres da Europa, sustentada sobretudo pela Portugal Telecom. O PSI-20 foi, aliás, o índice que mais subiu no Velho Continente.

02 de Maio de 2011 às 16:50
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No resto do Velho Continente, os mercados accionistas negociaram no verde, animados pelo anúncio de que o líder da Al-Qaeda, bin Laden, está morto. A única excepção foi a Grécia, que terminou a descer 0,46% numa altura em que se mantêm os receios de que possa ter de proceder a uma reestruturação da dívida.

O PSI-20 ganhou 0,48%, para 7.715,02 pontos, com 16 cotadas em alta e 4 em baixa.

A cotada que mais ajudou à tendência altista da praça lisboeta foi a Portugal Telecom, que subiu 1,92% para 8,40 euros.

Ainda nas telecomunicações, a Sonaecom avançou 0,45% para 1,562 euros e a Zon Multimédia registou um acréscimo de 0,13% para 3,831 euros.

No primeiro trimestre a margem do EBITDA da Zon deverá crescer para 35,6%, previu hoje o Caixa BI. O crescimento homólogo deste item reflecte a aposta da gestão na geração de fluxos de caixa, ao reduzir as despesas de investimento em 20%, sublinha Guido Varatojo dos Santos, analista daquele banco, na nota de “research” desta manhã.

A contribuir para o bom desempenho do índice de referência nacional esteve também a Jerónimo Martins. A dona do Pingo Doce pulou 1,22% para se fixar nos 11,215 euros.

Na banca, a tendência também foi de subida generalizada. O BES, que apresentava os resultados do primeiro trimestre depois do fecho da bolsa, fechou a ganhar 0,74% para 2,865 euros.

O BCP, por seu lado, avançou 1,11% para 0,545 euros, enquanto o BPI subiu 0,58% para 1,221 euros e o Banif fechou em alta de 0,14% para 0,701 euros.

Hoje, a unidade de investimento do BPI sublinhou que a eventual subida dos rácios de capital da banca para 10% e o adiamento do prazo para final de Junho têm um impacto "negativo mas algo esperado". Na energia, só a Galp fechou a perder terreno. A petrolífera liderada por Ferreira de Oliveira recuou 0,13% para se estabelecer nos 15,085 euros.

Em contrapartida, a REN subiu 1,48% para 2,608 euros, a EDP somou 0,36% para 2,77 euros e a EDP Renováveis avançou 0,96% para 5,25 euros. Hoje, o Espírito Santo Investment Bank, unidade de "research" do BESI, subiu o preço-alvo da EDP Renováveis de 5,85 para 5,9 euros.

Os dividendos tiveram nesta sessão um papel de relevo na negociação bolsista, tanto do lado das subidas como das descidas.

A Brisa entrou hoje em ex-dividendo, tendo encerrado em mínimos de 2000, a cair 6,77% para 4,211 euros. O dividendo, que será distribuído a partir de 5 de Maio, é de 31 cêntimos. Assim, se este valor estivesse incorporado, a concessionária de auto-estradas teria subido, pois ter-se-ia fixado nos 4,521 euros, contra 4,517 euros no fecho de sexta-feira.

No que diz respeito à Cimpor, hoje foi o último dia que as suas acções negociaram com direito a dividendo, já que a partir de amanhã a cimenteira entra em ex-dividendo. A remuneração aos accionistas, no valor de 0,205 euros, começa a ser paga a partir de 6 de Maio. A empresa fechou a ganhar 2,53% para 4,783 euros.

Nota: No dia em que uma cotada passa a negociar em bolsa sem direito ao dividendo, as acções sofrem um ajuste correspondente ao valor da remuneração. Esta descida de valor afecta o comportamento do índice em que a cotada está integrada, pelo que o Negócios noticia a variação real das acções e não a verificada após o ajuste do dividendo. Serve esta nota para esclarecer os leitores do Negócios, que têm levantado diversas dúvidas sobre esta matéria.

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