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Polícia da bolsa norte-americana abre investigação a fundo da Pimco
A gestora de Bill Gross poderá ter inflacionado artificialmente os ganhos de um dos seus mais concorridos fundos, desenhado para captar poupanças de pequenos investidores. A Pimco garante que segue as melhores práticas.
A Securities and Exchange Commission (SEC), regulador da bolsa norte-americana, está a investigar se a Pacific Investment Management (Pimco), gerida por Bill Gross, inflacionou artificialmente os ganhos de um dos seus mais concorridos fundos, o Pimco Total Return ETF, destinado a captar esencialmente poupanças de pequenos investidores. A informação está a ser adiantada por vários jornais internacionais, entre os quais o Financial Times e o Wall Street Journal, que citam fontes próximas do processo.
Em causa está a suspeita de que a maior gestora de obrigações do mundo forneceu informação incorrecta sobre o valor dos títulos integrados no seu fundo, cotado em bolsa, para artificialmente melhorar o desempenho do Pimco Total Return ETF. O objectivo seria o de criar no mercado a percepção de que fundo está a ser particularmente bem gerido, aumentando, desse modo, a sua atractividade junto de potenciais investidores.
Segundo o WSJ, a investigação corre há alguns meses e Bill Gross já foi chamado pelos investigadores da SEC.
Um porta-voz da empresa confirma que a Pimco tem vindo a colaborar com a SEC neste assunto, frisando que a empresa "leva muito a sério" o cumprimento das regras e a sua responsabilidade para com os clientes. "Acreditamos que os nossos procedimentos para fixar preços e valores são inteiramente apropriados e estão em linha com as melhores práticas no sector".
A Pimco é especializada no mercado de taxa fixa e foi fundada pelo já mítico Bill Gross. Emprega quase duas mil pessoas, tem escritórios em mais de 10 países e gere carteiras para um universo alargado de clientes, incluindo pequenos investidores mas também fundos de pensões privados e públicos.