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Ouro em torno de máximos históricos

Os metais preciosos estão a ser sustentados pelo clima de instabilidade no Norte de África e Médio Oriente.

02 de Março de 2011 às 09:27
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O ouro está a negociar perto do máximo histórico atingido ontem nos EUA e a prata já avançou para o valor mais alto desde 1980. Os metais preciosos estão a ser impulsionados pelos conflitos no Médio Oriente e Norte de África, que levaram à subida do preço do petróleo, aumentando a procura de activos seguros face à inflação, como são considerados o ouro e a prata.

O ouro para entrega imediata estava a negociar esta manhã em Singapura nos 1.431,93 dólares por onça, depois de ontem ter atingido o valor mais alto de sempre, nos 1.434,93 dólares por onça.

Em Nova Iorque, o contrato de entrega em Abril segue em alta de 0,2% para 1.434,40 dólares/onça, perto do recorde atingido ontem de 1.435,60 dólares por onça.

Já a prata tocou nos 34,74 dólares por onça.

O preço do petróleo superou os 100 dólares por barril nos mercados internacionais, influenciado pelas revoltas na Líbia contra o líder Muammar Kadhafi. Os manifestantes iranianos entraram também em confrontos com as forças de segurança em Teerão.

Grande parte dos protestos no Médio Oriente e Norte de África devem-se à subida dos preços dos alimentos, declarou o canal televisivo Al Arabiya, citado pela Bloomberg.

“O alastrar das tensões no Médio Oriente impulsionou a compra de activos seguros como o ouro”, declarou Mark Pervan, analista do ANZ Banking Group. A subida do preço do petróleo “alimentou as preocupações em torno da inflação e do aumento dos custos, incitando ao recurso a activos seguros, como é considerado o ouro”, acrescentou à Bloomberg.

Em 2010, a crise da dívida soberana e a desvalorização de moedas como o dólar levaram o ouro a subir 30%, naquele que foi o 10º ano consecutivo de ganhos. O índice CRB Reuters/Jefferies – que é composto por 19 matérias primas – subiu para máximos de Setembro de 2008.

A União Europeia impôs esta semana uma suspensão do armamento, entre outras sanções, à Líbia, enquanto os Estados Unidos declararam o congelamento de 30 mil milhões de dólares (21,72 mil milhões de euros) de bens da família do ex-presidente egípcio, Hosni Mubarak.

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