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OPEP pode adiar corte de produção

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), que fornece um terço do petróleo consumido no mercado mundial, poderá adiar o corte de produção devido ao aumento dos preços do petróleo.

22 de Março de 2004 às 12:37
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A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), que fornece um terço do petróleo consumido no mercado mundial, poderá adiar o corte de produção – planeado para ter início de Abril – devido ao aumento dos preços do petróleo, afirmaram os representantes da Venezuela e Qatar na OPEP.

O grupo de produtores quer que os preços do petróleo «estabilizem», disse Abdullah bin Hamad al-Attiyah, ministro do petróleo do Qatar, em entrevista, em Doha, citado pela Bloomberg.

O responsável do Ministério do Petróleo da Venezuela, Luís Vierma, disse também em entrevista, na mesma conferência, que está preocupado com o facto da subida dos preços poder prejudicar a economia a nível mundial.

A OPEP reúne-se em Março, em Viena, para debater o acordo que prevê a redução das quotas em um milhão de barris por dia, ou 4,1%, a partir de 1 de Abril, um plano que ajudou o petróleo a atingir um valor máximo de 13 anos a semana passada.

«Vamos estudar a situação deste mercado na próxima semana e se este merecer uma mudança nos planos, depois poderemos fazê-lo», disse Attiyah na entrevista. «A OPEP pretende estabilizar o mercado e não pode ser culpada pela subida nos preços», continuou.

A organização acordou, em Fevereiro, cortar a produção este mês em 1,5 milhões de barris para atingir a corrente quota de 24,5 milhões de barris por dia, para depois reduzir em mais um milhão de barris para os 23,5 milhões de barris por dia, a começar em Abril.

Os membros da OPEP estão preocupados com a ideia da procura poder baixar, no segundo trimestre do ano, depois do Inverno do Hemisfério Norte.

No entanto, a procura da China e dos Estados Unidos da América surpreendeu o grupo, disse Luís Vierma. «Historicamente o segundo trimestre é um período de pouca procura, mas se os EUA continuarem a recuperar – que pensamos que vão – e se a procura da China continuar a aumentar, talvez a procura cresça um pouco mais», disse Vierma.

«Se a procura não aumentar no segundo trimestre, deverá, pelo menos, permanecer estável e, nesse cenário, deveremos considerar a hipótese de adiar o corte de produção até Maio ou Junho», continuou.

O contrato de entrega do crude [CL1] caía 0,76%, apresentando um valor de 37,79 dólares (30,76 euros) por barril em Nova Iorque. Já o «brent» [CO1] com entrega no mesmo mês, desvalorizava 1,17% para os 32,87 dólares (26,87 euros), em Londres.

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