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OPEP revê em baixa crescimento da procura mundial de petróleo em 2024 e 2025

A projeção para 2025 foi revista em baixa, com um crescimento de 1,6 milhões de barris por dia face a 2023, menos cerca de 100.000 barris por dia do que a previsão anterior, para uma procura global de 105,8 milhões de barris por dia.

Mesmo que o corte de oferta adicional não impulsione os preços, pelo menos deve travar a queda, acredita a OPEP+.
Dado Ruvic/Reuters
14 de Outubro de 2024 às 14:10
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A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) reduziu esta segunda-feira as suas previsões de crescimento da procura mundial de petróleo para 2024 e 2025, devido a estimativas mais fracas para algumas regiões.

O relatório mensal da OPEP para outubro prevê uma procura mundial de petróleo de 104,1 milhões de barris por dia em 2024, mais 1,9 milhões de barris por dia que em 2023, mas menos cerca de 106.000 barris por dia do que na estimativa anterior.

A projeção para 2025 também foi revista em baixa, com um crescimento de 1,6 milhões de barris por dia face a 2023, menos cerca de 100.000 barris por dia do que a previsão anterior, para uma procura global de 105,8 milhões de barris por dia.

Na sua previsão anterior, a OPEP previa um consumo mundial de petróleo de 104,2 milhões de barris por dia em 2024 e de 105,9 milhões de barris por dia em 2025.

Os analistas da OPEP sublinham que mesmo assim o crescimento em 2024 e 2025 será superior ao registado antes da pandemia da covid-19, que foi de 1,4 milhões de barris por dia.

Enquanto os países industrializados da Europa deverão registar um ligeiro declínio na procura de petróleo (com menos 20.000 barris por dia entre 2023 e 2024), em geral, os países mais desenvolvidos, agrupados na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), terão um ligeiro aumento do consumo de 0,1 milhões de barris por dia, impulsionado principalmente pelos EUA.

O crescimento da procura global é sustentado por aumentos nos EUA (mais 130.000 barris por dia entre 2023 e 2024) e na China (mais 580.000 barris por dia), enquanto a procura da Índia aumenta em mais 270.000 barris por dia.

Quanto ao crescimento da economia mundial, os analistas da OPEP confirmam o crescimento estimado até ao momento, 3,0% em 2024 e 2,9% em 2025, impulsionado pelos EUA, com um crescimento de 2,5% em 2024 e 1,9% em 2025, enquanto a zona euro se mantém em 0,8% este ano e 1,2% no próximo.

Para a China, entretanto, a OPEP mantém as suas estimativas de crescimento, com 4,9% em 2024 e 4,6% em 2025, enqaunto para Índia estima um crescimento de 6,8% este ano e de 6,3% no próximo ano.

Por outro lado, os analistas da OPEP aumentaram as suas estimativas para o Brasil, com um crescimento de 2,5% este ano, 0,3 pontos percentuais acima do esperado até à data, e um aumento do Produto Interno Bruto (PIB) de 1,9% em 2025.

Em termos de produção, os 12 países da OPEP extraíram 26,04 milhões de barris por dia de petróleo bruto em setembro, menos 604.000 de barris por dia do que em agosto, de acordo com dados de fontes não-OPEP.

Este declínio deveu-se principalmente à diminuição da produção na Líbia (menos 410.000 de barris por dia) e no Iraque (menos 155.000 de barris por dia), sendo a Arábia Saudita, de longe, o maior produtor com quase nove milhões de barris por dia.

Entretanto, os parceiros do grupo da denominada aliança OPEP+ mantiveram a sua produção estável em setembro, com um ligeiro aumento no Cazaquistão e uma ligeira descida na Rússia.
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