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Onde estão as poupanças dos portugueses

Os depósitos a prazo continuam a recolher o grosso das poupanças das famílias. Absorveram 142,7 mil milhões de euros, cerca de metade do valor economizado pelos portugueses. Seguem-se a gestão de carteiras e os seguros.

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Os portugueses pouparam mais em 2017. A maioria dos produtos de poupança captou investimento no último ano, mas o grosso da aposta continua a recair em produtos que não rendem. Os depósitos captam cerca de metade das poupanças das famílias, mas o peso dos produtos do Estado no bolo continua a aumentar. Já os produtos com maior risco e maiores retornos recolhem a menor fatia do investimento, como se pode constatar na infografia em cima. 


O montante aplicado pelos portugueses em produtos de poupança ascendeu, em 2017, a 295 mil milhões de euros, um valor que representa um crescimento de 3,7% face a 2016. Ainda que a remuneração destes produtos esteja próxima de zero, cerca de metade (48,37%) do capital está aplicado em depósitos a prazo, com o valor investido nestes produtos a crescer 474 milhões de euros para 142,7 mil milhões de euros, em 2017, segundo os dados do Banco Central Europeu. Este reforço da aposta em depósitos ocorre, porém, num ambiente de quebra de juros. A taxa média oferecida pelos bancos nos novos produtos é de 0,22%, um mínimo histórico.


Negócios explica onde os portugueses estão a poupar
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A poupança das famílias portuguesas aumentou 3,7% no último ano. a jornalista Patrícia Abreu explica-lhe onde os portugueses estão a poupar.

A crescer estão também as aplicações em produtos do Estado. Os Certificados do Tesouro captaram 3.752 milhões de euros no último ano, mais do que compensando os resgates nos certificados de aforro (981 milhões de euros). Com grande popularidade continuam ainda as obrigações para o retalho. O IGCP emitiu 3.500 milhões de euros em novas operações de OTRV. Tudo somado, os produtos do Estado detêm 11,5% das poupanças dos portugueses.

A gestão discricionária de carteiras é também responsável por uma importante fatia do bolo das poupanças. Recolhe 19,39% do montante total, com o volume sob gestão a registar um crescimento de  1.171,10 milhões de euros no último ano, para  57.203,70 milhões. Ainda na indústria da gestão de activos, os fundos de investimento mobiliário viveram um ano positivo em subscrições e rendibilidades. Segundo a APFIPP, as subscrições  totalizaram 923,5 milhões de euros, num ano em que os fundos registaram uma valorização média de 5,61% e com cerca de 16% dos fundos (32) a terminarem 2017 com valorizações superiores a 10%. Nos seguros, a produção emitida em produtos do ramo vida, em que estão incluídos os PPR, superou os 7.025 milhões. 

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