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O mítico mês de Janeiro na bolsa

Com o novo ano regressam os velhos mitos dos mercados. O “Efeito de Janeiro” e o primeiro mês como barómetro do ano vão estar na mente de todos os investidores.

02 de Janeiro de 2007 às 07:38
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Com o novo ano regressam os velhos mitos dos mercados. O "Efeito de Janeiro" e o primeiro mês como barómetro do ano vão estar na mente de todos os investidores.

O ano 2006 já lá vai e os investidores dão, esta semana, as boas-vindas a 2007. Estamos novamente em Janeiro e chega, mais uma vez, a altura do ano em que é importante falar de algo que para alguns é um fenómeno estatístico relevante, mas que para outros não passa de uma mera superstição dos mercados.

Com o ano novo, os investidores regressam em força aos mercados, depois de quase duas semanas de acalmia marcadas pela época natalícia. É altura de realocar activos e de reinvestir o capital, uma situação que, tendencialmente, provoca uma subida do preço das acções, um fenómeno conhecido por "Efeito de Janeiro". No entanto, apesar de esta situação já se repetir ao longo do tempo, não é garante de geração fácil de lucros na época de Reis, isto porque, o mercado tende a antecipar esta subida através de um ajustamento dos preços das acções, desalojando esta tendência, considerada "anormal", de venda em Dezembro e de compra no mês de Janeiro.

Além do "Efeito de Janeiro", este primeiro mês do ano "sofre" também do mito do "January Barometer", que se traduz no "velho" ditado: "as goes January so goes the year". A premissa é de que a performance de um mercado no mês de Janeiro é um forte indicador do seu comportamento durante o resto do novo ano.

Em termos históricos, o desempenho do primeiro mês do ano tem, frequentemente, dado indicações acertadas quanto ao restantes onze meses. Uma análise estatística ao índice mais antigo do mundo, o americano S&P 500, revela que nos últimos 35 anos, o mês de Janeiro foi de facto o reflexo do comportamento do índice no resto do ano em 77,1% dos casos.

No mercado nacional também se verifica essa tendência. Desde a criação do PSI-20, em 1993, verifica-se que nos 14 anos, a performance registada em Janeiro verificou-se nos restantes onze meses por dez ocasiões. Em 2006, o índice principal ganhou 29,92%, tendo avançado 3,03% no primeiro mês.

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