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Novas subidas de juros são "apropriadas" mas a um ritmo mais lento, diz Powell
Quando questionado sobre se o comité tinha considerado uma subida de 100 pontos base, Jerome Powell respondeu que não foi uma possibilidade neste encontro.
27 de Julho de 2022 às 20:02
O ciclo de subida de juros nos Estados Unidos não está próximo do fim, mas poderá desacelerar. O presidente da Reserva Federal norte-americana, Jerome Powell, explicou que espera continuar os aumentos nos próximos meses, enquanto a economia o permitir.
"Antecipamos que os aumentos na taxa dos fundos federais serão apropriados", disse Powell, na conferência de imprensa que se seguiu à reunião do Comité Federal do Mercado Aberto (FOMC, na sigla em inglês), em que o banco central decidiu subir juros em 75 pontos base.
Sobre os próximos passos, clarificou que irá avaliar a evolução dos dados económicos para perceber se será necessário um movimento mais ou menos agressivo. "O ritmo destas subidas irá continuar a depender dos dados que vão sendo conhecidos e da evolução do 'outlook' económico", explicou.
"Apesar de outra subida anormalmente elevada poder vir a ser apropriada na próxima reunião, essa é uma decisão que irá depender dos dados até lá", afirmou Powell. Por outro lado, "à medida que o posicionamento da política monetária aperta, será apropriado desacelerar o ritmo de aumentos dos juros enquanto avaliamos como o ajustamento das políticas está a afetar a economia e a inflação."
A possibilidade de alívio no ritmo de subida de juros animou os investidores, com Wall Street a reforçar os ganhos. O tecnológico Nasdaq - um setor que é mais penalizado por juros mais elevados - avança 3,7%, enquanto o financeiro S&P 500 sobe 2,1% e o Dow Jones ganha 1,15%.
Após quatro subidas consecutivas, a taxa dos fundos federais passou para um intervalo entre 2,25% e 2,5%. Quando questionado sobre se o comité tinha considerado uma subida de 100 pontos base, respondeu que não foi uma possibilidade neste encontro.
"Temos estado na linha da frente das subidas de juros. Agora, estamos a ficar perto de onde temos de estar. É nisso que estamos a pensar neste momento", sublinhou. "Sobre setembro, estamos a olhar para os dados e para a evolução do 'outlook' muito cuidadosamente para formar uma decisão sobre o que fazer. Não vou dar nenhum 'guidance' específico sobre o que pode vir a ser."
A estratégia de subida de juros para travar a inflação - que atingiu 9,1% em junho - tem, no entanto, consequências na economia. Jerome Powell admitiu que uma desaceleração vai acontecer, mas considerou que não há ainda uma recessão à espreita nos Estados Unidos. "Sabemos que haverá um alívio nas condições do mercado de trabalho e é algo que consideramos necessário para controlar a inflação", acrescentou.
(Notícia atualizada às 20:10)
"Antecipamos que os aumentos na taxa dos fundos federais serão apropriados", disse Powell, na conferência de imprensa que se seguiu à reunião do Comité Federal do Mercado Aberto (FOMC, na sigla em inglês), em que o banco central decidiu subir juros em 75 pontos base.
"Apesar de outra subida anormalmente elevada poder vir a ser apropriada na próxima reunião, essa é uma decisão que irá depender dos dados até lá", afirmou Powell. Por outro lado, "à medida que o posicionamento da política monetária aperta, será apropriado desacelerar o ritmo de aumentos dos juros enquanto avaliamos como o ajustamento das políticas está a afetar a economia e a inflação."
A possibilidade de alívio no ritmo de subida de juros animou os investidores, com Wall Street a reforçar os ganhos. O tecnológico Nasdaq - um setor que é mais penalizado por juros mais elevados - avança 3,7%, enquanto o financeiro S&P 500 sobe 2,1% e o Dow Jones ganha 1,15%.
Após quatro subidas consecutivas, a taxa dos fundos federais passou para um intervalo entre 2,25% e 2,5%. Quando questionado sobre se o comité tinha considerado uma subida de 100 pontos base, respondeu que não foi uma possibilidade neste encontro.
"Temos estado na linha da frente das subidas de juros. Agora, estamos a ficar perto de onde temos de estar. É nisso que estamos a pensar neste momento", sublinhou. "Sobre setembro, estamos a olhar para os dados e para a evolução do 'outlook' muito cuidadosamente para formar uma decisão sobre o que fazer. Não vou dar nenhum 'guidance' específico sobre o que pode vir a ser."
A estratégia de subida de juros para travar a inflação - que atingiu 9,1% em junho - tem, no entanto, consequências na economia. Jerome Powell admitiu que uma desaceleração vai acontecer, mas considerou que não há ainda uma recessão à espreita nos Estados Unidos. "Sabemos que haverá um alívio nas condições do mercado de trabalho e é algo que consideramos necessário para controlar a inflação", acrescentou.
(Notícia atualizada às 20:10)