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Natixis vai deslocalizar operações para o Porto e criar 600 empregos
O Natixis pretende transferir para Portugal grande parte das suas actividades informáticas, criando 600 postos de trabalho na Invicta ao longo dos próximos três anos.
Depois do BNP Paribas há mais um grande de investimento francês que vai concentrar em Portugal parte das suas actividades. O Natixis vai deslocalizar para a cidade do Porto grande parte das suas actividades informáticas, criando 600 novos postos de trabalho na cidade nortenha ao longo dos próximos três anos, avança os Les Echos.
O banco francês que mantém actualmente o grosso das actividades informáticas no seu país, prevê deslocalizar grande parte destas operações para Portugal. Segundo a notícia dos Les Echos, o Natixis vai seguir o exemplo de outros concorrentes do sector, que tem vindo a deslocalizar serviços para o exterior, e criar uma unidade com 600 postos de trabalho no Porto, num horizonte de três anos.
O Natixis justifica a escolha de Portugal com o facto de o país dispor de activos imobiliários e salários "competitivos", além de ter "um contexto económico favorável para o investimento estrangeiro" e "importantes competências linguísticas", refere um documento do banco citado pelo jornal francês.
Esta decisão surge depois de uma análise aos modelos organizacionais da concorrência, que permitiu ao Natixis concluir que há "numerosas actividades de sistemas de informação internacionalizadas" ou localizadas noutras partes do Globo. É o caso do BNP Paribas, que concentra em Lisboa grande parte dos seus serviços.
Portugal atrai investimento
No início deste ano, foi noticiado que o BNP Paribas tinha projectada a passagem de vários postos de trabalho para Lisboa, onde já tem o designado 'Hub Lisboa', que de momento concentra já muitas operações daquele que é um dos maiores grupos bancários da Europa e que deverão ser alargadas.
Mas não têm sido apenas os bancos a olhar para Portugal como uma alternativa para deslocalizar serviços financeiros. A Invicta vai receber no próximo ano um centro de tecnologias de informação da Euronext que estava na Irlanda do Norte e que vai servir todos os mercados em que o grupo pan-europeu está presente. A abertura está marcada para o próximo ano.