Notícia
Não há fundos em risco de fechar e congelar resgates
Uma sucessão de "crashs" históricos nas bolsas e novas falências na banca mundial fizeram de Setembro um dos meses mais "negros" para a indústria de fundos de investimento nacional, desde que a crise estoirou no Verão do ano passado.
09 de Outubro de 2008 às 00:01
Uma sucessão de "crashs" históricos nas bolsas e novas falências na banca mundial fizeram de Setembro um dos meses mais "negros" para a indústria de fundos de investimento nacional, desde que a crise estoirou no Verão do ano passado.
Mas apesar da "onda" de resgates, que dura há 14 meses consecutivos e na qual os portugueses retiraram, em média, mais de 30 milhões de euros por dia das poupanças em fundos, nenhuma instituição portuguesa comunicou, até ontem, à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMMV) a necessidade de liquidação de um fundo.
"Nenhum fundo comunicou que pretende entrar em liquidação ou suspender as subscrições e os resgates", afirmou ao Negócios fonte oficial da CMVM, órgão regulador do sector. Desde o início da crise financeira, o BPI foi a única instituição nacional a liquidar um fundo, em Setembro de 2007, devido à incerteza provocada pela turbulência financeira. A carteira do BPI Renda Trimestral estava, na altura, avaliada em 88 milhões de euros.
É directo o impacto da "fuga" dos investidores no património gerido pelos fundos. Em Setembro, os portugueses resgataram mais de 842 milhões de euros líquidos, segundo o relatório da Associação Portuguesa de Fundos de Investimento, Pensões e Património (APFIPP), divulgado ontem. Contas feitas, foram retirados mais de 10 mil milhões de euros em 14 meses consecutivos de subscrições líquidas negativas. Montante que representa 31,42 milhões diários (contados apenas dias úteis) e equivale a 6,5% do produto interno bruto português.
Mas, ao contrário dos meses anteriores, em Setembro a queda das bolsas acabou por pesar mais na desvalorização das carteiras dos fundos. O mês fechou com 17,931 mil milhões de euros em activos sob gestão, o que corresponde menos 1,35 mil milhões em relação ao final de Agosto. Trata-se da maior quebra mensal (-7,41%) neste ciclo de subscrições líquidas negativas, no qual a crise "roubou" 10 mil milhões de euros ao património geridos por instituições portuguesas.
O Negócios procurou obter um comentário da APFIPP a estes dados, mas até ao fecho da edição não obteve resposta.
Mas apesar da "onda" de resgates, que dura há 14 meses consecutivos e na qual os portugueses retiraram, em média, mais de 30 milhões de euros por dia das poupanças em fundos, nenhuma instituição portuguesa comunicou, até ontem, à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMMV) a necessidade de liquidação de um fundo.
É directo o impacto da "fuga" dos investidores no património gerido pelos fundos. Em Setembro, os portugueses resgataram mais de 842 milhões de euros líquidos, segundo o relatório da Associação Portuguesa de Fundos de Investimento, Pensões e Património (APFIPP), divulgado ontem. Contas feitas, foram retirados mais de 10 mil milhões de euros em 14 meses consecutivos de subscrições líquidas negativas. Montante que representa 31,42 milhões diários (contados apenas dias úteis) e equivale a 6,5% do produto interno bruto português.
Mas, ao contrário dos meses anteriores, em Setembro a queda das bolsas acabou por pesar mais na desvalorização das carteiras dos fundos. O mês fechou com 17,931 mil milhões de euros em activos sob gestão, o que corresponde menos 1,35 mil milhões em relação ao final de Agosto. Trata-se da maior quebra mensal (-7,41%) neste ciclo de subscrições líquidas negativas, no qual a crise "roubou" 10 mil milhões de euros ao património geridos por instituições portuguesas.
O Negócios procurou obter um comentário da APFIPP a estes dados, mas até ao fecho da edição não obteve resposta.