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Bitcoin derrapa 30% e ether afunda 40%. Musk deu-lhes uma mão, mas tirou-lhes o tapete (com a ajuda da China)

O líder da Tesla levou a bitcoin a máximos históricos nos 65.000 dólares quando anunciou que a sua empresa tinha comprado 1,5 mil milhões de dólares em bitcoins. Mas o mesmo Musk levou a moeda a afundar 40%, depois de deixar de aceitá-la como forma de pagamento. Hoje, notícias da China estão a agravar quedas.

19 de Maio de 2021 às 15:17
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A bitcoin apagou todos os ganhos que conquistou depois de fevereiro deste ano, à boleia da Tesla, depois de anunciar a compra de 1,5 mil milhões de dólares nesta criptomoeda. Mas se a fabricante de veículos elétricos de Elon Musk levou a moeda a máximos históricos, também lhe tirou o tapete, quando anunciou que ia deixar de aceitá-la como forma de pagamento pelos seus produtos, devido ao seu impacto ambiental. 

Desde que o fez, em meados do mês passado, o preço desta que é a criptomoeda mais valiosa do mundo desvalorizou cerca de 40% e está agora na barreira dos 40.000 dólares por unidade. Antes da queda, em abril, a bitcoin acumulava um ganho de quase 70% e estava a negociar em máximos históricos, muito perto da barreira dos 65.000 dólares. 

Significa isto que, no espaço de um mês, Elon Musk causou uma perda absoluta de 25.000 dólares ao preço da bitcoin, o mesmo volume que a moeda ganhou, entre fevereiro e abril, à boleia do mesmo Elon Musk.

Agora, aos comentários de Musk sobre o impacto ambiental da bitcoin, junta-se a decisão do Banco Popular da China, que proibiu a aceitação de bitcoins como forma de pagamento no seu território, numa altura em que Pequim está na fase final dos testes à sua própria moeda digital. O preço da bitcoin já chegou a afundar 30% no dia de hoje e a ether, a segunda criptomoeda mais valiosa do mundo, chegou a afundar 40%. 

A abertura em Wall Street mostra também uma queda do setor tecnológico, com destaque para as empresas ligadas a estas criptomoedas. A Tesla está a desvalorizar 4% e a MicroStrategy, a empresa listada em bolsa com mais bitcoins no seu portefólio, afunda 5%. A Coinbase, a "exchange" de criptomoedas que começou a cotar no S&P 500 este ano, derrapa 12% para mínimos históricos.  




O empresário, que é também líder da SpaceX, tentou conter a queda da moeda ao afirmar que não tinha vendido qualquer bitcoin, depois da nova decisão da Tesla em parar de aceitar a moeda, mas não foi capaz. 

Em fevereiro deste ano, a Tesla anunciou a compra de 1,5 mil milhões de dólares em bitcoins, como parte do plano de investimento da empresa, sendo a segunda companhia cotada em bolsa com mais bitcoins, a seguir à MicroStrategy. Em março, começou a aceitar bitcoins como forma de pagamento.

No relatório e contas da empresa, pode ler-se, no segmento dedicado à rentabilidade, que "a venda de bitcoin (impacto positivo de 101 milhões de dólares)" contribuiu para uma melhoria dos números, em termos homólogos, entre janeiro e março deste ano, ao lado do crescimento do volume de negócio e do aumento de receitas. 

Contágio para todas as criptomoedas
A queda da bitcoin tem contagiado o preço de grande parte das maiores criptomoedas acompanhadas no site Coinmarketcap.com, com a ether, a moeda da rede "blockchain" ethereum, a perder cerca de 14% nas últimas 24 horas para o patamar dos 2.900 dólares por unidade, depois de ter renovado máximos históricos recentemente, acima dos 5.000 dólares. 

Outras das moedas digitais que tem tido uma grande procura, também è boleia do líder da Tesla, é a dogecoin. Ainda assim, esta moeda que foi criada como um "meme" não escapou ao cenário global de quedas e perdeu 12% no último dia, estando agora a cotar nos 0,4277 dólares por unidade. 

Em sentido oposto tem estado a polygon, que na última semana viu o seu valor de mercado valorizar mais de 50%, sendo agora a décima quarta criptomoeda mais valiosa com uma capitalização de mercado a rondar os 15 mil milhões de dólares. Mas hoje não escapa às quedas e perde mais de 10%.
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