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Morgan Stanley sobe preço-alvo da Brisa para 8,50 euros

A Morgan Stanley elevou o preço-alvo da Brisa dos anteriores 7,10 euros para os 8,50 euros, suportado na expectativa de que a empresa venha a ter uma “estrutura de capital mais agressiva” e de que a cotação seja suportada pela consolidação do sector.

04 de Agosto de 2006 às 09:51
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A Morgan Stanley elevou o preço-alvo da Brisa dos anteriores 7,10 euros para os 8,50 euros, suportado na expectativa de que a empresa venha a ter uma "estrutura de capital mais agressiva" e de que a cotação seja suportada pela consolidação do sector.

Os analistas mostram-se pouco confiantes em relação à evolução das receitas da empresa no que toca à tráfego, afirmando que o volume de tráfego «tem desiludido desde a segunda metade de 2002» e que esta situação não deverá mudar a curto prazo «devido às fracas condições económicas e à crescente concorrência de outras vias», mantendo assim a recomendação de «equal-weight».

Assim sendo, o que justifica o preço-alvo de 8,50 euros, 19,7% acima do anterior, são as expectativas de melhoria na estrutura de capital. «Há espaço para melhorar a estrutura de capital da Brisa e apesar de oferecerem retornos baixos, parece haver uma procura significativa de títulos de infraestruturas», refere a nota de «research» do analista Pablo de Labra.

A Morgan Stanley diz mesmo que a Brisa poderá chegar aos 9,50 euros com uma estrutura mais agressiva e com a possibilidade da empresa entrar num movimento de consolidação. «Não estamos a tentar prever uma venda mas pensamos que os investidores estarão dispostos a pagar pela potencial criação de valor de um hipotético LBO, o que é possível dada a intensidade da actividade de fusões e aquisições no sector».

Traçando este cenário de uma consolidação, a Morgan Stanley refere que as empresas espanholas têm benefícios fiscais gerados nas operações de aquisições transfronteiriças, sendo que no caso da Brisa uma proposta de uma companhia de Espanha poderia fazer uma dedução de cerca de 748 milhões de euros. A casa de investimento realça no entanto não saber «de nenhuma actividade potencial de fusão em que a Brisa esteja envolvida com empresas espanholas ou de outra origem».

A curto prazo as perspectivas para a acção são pouco optimistas, dizem os analistas, já que uma recuperação nos volumes de tráfego «é pouco provável» e que o Governo tem atribuído concessões «que competem com a Brisa».

Os riscos para a acção são a subida dos juros, um abrandamento da economia e alterações de regulação, refere o «research». «Um risco específico para a Brisa é que o tráfego na sua rede tem a mais alta sensibilidade ao crescimento do PIB doméstico, dada a localização da sua rede em Portugal, enquanto outras empresas do sector beneficiam de tráfego transfronteiriço».

As acções da Brisa seguiam a descer 0,13% para 7,97 euros.

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