Notícia
Milão tomba com saída de "Super Mario"
Cenário já era esperado, mas ainda assim a demissão de Mario Draghi agravou os juros e empurrou a bolsa para uma queda superior a 2%.
Depois do anúncio da demissão do primeiro-ministro italiano, Mario Draghi, a bolsa de Milão está a negociar em terreno negativo e é a que mais perde no Velho Continente.
O índice milanês FTSEMIB desvaloriza 2,08% para 20.904,58 pontos. A registar as maiores quedas está o banco Unicredit, seguido do banco BPM e do Poste Italiane.
Depois do anúncio, o índice chegou a cair 2,9%, mas analistas adiantam que o impacto não foi tão grave porque este era um cenário que já estava a pesar nos investidores e na negociação em bolsa há duas semanas. Ainda assim o FTSEMIB é o índice europeu com pior performance desde o início do ano e em julho.
O setor da banca é o mais prejudicado por estar ligado às obrigações da dívida a longo-prazo que têm vindo a afundar - um espelho de uma crise ou risco político.
Já os juros da dívida italiana chegaram a agravar 21 pontos base, elevando o 'spread' face à yield das bunds alemãs, a referência para a Zona Euro. Além da subida das taxas de juro por parte do Banco Central Europeu pela primeira vez em 11 anos, os investidores vão estar também à procura de novas informações sobre a ferramenta anti-fragmentação do BCE, que poderá ser acionado consoante o "spread" das dívidas. Ou seja, o afastamento entre a "yield" de referência para a Zona Euro, as Bunds alemãs a 10 anos, e os juros das dívidas dos restantes países da região, nomeadamente dos países mais endividados, tais como Itália, Espanha, Portugal e Grécia, poderá levar o BCE a agir.
"Itália é a terceira maior economia da Zona Euro e o facto de o país cair numa crise política é uma camada adicional de stress para o Banco Central Europeu, que já está a ter dificuldades em conter a divergência entre as 'yields' da região", expilca Ipek Ozkardeskaya, analista do Swissquote Bank à Bloomberg.
O índice milanês FTSEMIB desvaloriza 2,08% para 20.904,58 pontos. A registar as maiores quedas está o banco Unicredit, seguido do banco BPM e do Poste Italiane.
O setor da banca é o mais prejudicado por estar ligado às obrigações da dívida a longo-prazo que têm vindo a afundar - um espelho de uma crise ou risco político.
Já os juros da dívida italiana chegaram a agravar 21 pontos base, elevando o 'spread' face à yield das bunds alemãs, a referência para a Zona Euro. Além da subida das taxas de juro por parte do Banco Central Europeu pela primeira vez em 11 anos, os investidores vão estar também à procura de novas informações sobre a ferramenta anti-fragmentação do BCE, que poderá ser acionado consoante o "spread" das dívidas. Ou seja, o afastamento entre a "yield" de referência para a Zona Euro, as Bunds alemãs a 10 anos, e os juros das dívidas dos restantes países da região, nomeadamente dos países mais endividados, tais como Itália, Espanha, Portugal e Grécia, poderá levar o BCE a agir.
"Itália é a terceira maior economia da Zona Euro e o facto de o país cair numa crise política é uma camada adicional de stress para o Banco Central Europeu, que já está a ter dificuldades em conter a divergência entre as 'yields' da região", expilca Ipek Ozkardeskaya, analista do Swissquote Bank à Bloomberg.