Notícia
Mais de 30% dos depósitos estão à ordem
A percentagem de depósitos à ordem continua a aumentar para máximos históricos, num ambiente de taxas de juro próximas de zero.
Os portugueses diminuíram a aposta em depósitos a prazo no primeiro mês do ano. Depois de um reforço nestes instrumentos de poupança em Dezembro, o "stock" aplicado em depósitos baixou 150 milhões de euros, num momento em que são cada vez mais os portugueses que optam por deixar o dinheiro parado na conta à ordem. Mais de 30% dos depósitos não tem qualquer remuneração.
O montante aplicado em depósitos a prazo baixou de 142.245 milhões de euros, em Dezembro, para 142.095 milhões, no final de Janeiro, segundo dados divulgados pelo Banco Central Europeu esta segunda-feira, 27 de Fevereiro. Trata-se do valor mais baixo desde Maio de 2016, período no qual os depósitos recolhiam menos de 142 mil milhões de euros.
Tendência contrária mantêm os depósitos à ordem, que continuam a crescer para valores inéditos. Havia 43.371 milhões de euros estacionados nas contas à ordem, mais 66 milhões de euros que no mês anterior. Este valor equivale a 30,52% do "stock" global investido em depósitos a prazo.
Com as taxas de juro em mínimos históricos e os grandes bancos a darem zero, os portugueses estão a optar por deixar o dinheiro sem render, privilegiando a liquidez das suas poupanças.
Nos depósitos com prazo até dois anos, o saldo global dos depósitos também aumentou. Subiu de 34.026 milhões de euros, para 33.345 milhões de euros.