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Maior fundo soberano do mundo avisa que inflação pode gerar “anos de baixos retornos”

O CEO do maior fundo soberano do mundo já deixou avisos ao mercado sobre como a existência de uma inflação que se torne permanente pode pesar no retorno dos investimentos.

Norges Bank
Bloomberg
31 de Janeiro de 2022 às 10:54
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Nicolai Tangen, CEO do fundo soberano da Noruega, o maior do mundo e com ativos que rondam os 1,3 biliões de dólares (trillions, na numeração anglo-saxónica) deixou avisos aos investidores sobre a inflação. Em entrevisto ao Financial Times (FT), o gestor norueguês alertou que, num cenário em que a subida da inflação se torne uma característica permanente da economia global, os investidores enfrentam "anos de baixos retornos".

Ao FT, Tangen referiu que, no debate sobre se a inflação seria algo passageiro ou permanente, sempre foi apologista de que seria algo permanente. "Fui o líder da equipa para o permanente", disse ao jornal britânico.

"Estamos a ver [a inflação] a ser transversal, em cada vez mais sítios. Vimos a Ikea a aumentar os preços em 9%, os preços dos alimentos estão a subir, os custos de frete estão muito altos de forma continuada, os metais, ‘commodities’, energia, gás… Estamos também a ver sinais nos salários", notou.

Nesta conversa, Tangen refere que vêm aí tempos mais duros, referindo-se a "taxas de juro extremamente baixas e a um mercado muito elevado e - em alguns pontos acelerada - inflação, podemos ver um período longo de tempo com baixos retornos".
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