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Macquarie considera BES uma "exposição atractiva"

A casa de investimento Macquarie considera o Banco Espírito Santo (BES) uma "exposição atractiva", considerando que o foco da instituição no sector empresarial confere uma "boa alavancagem para mitigar a pressão das margens".

01 de Abril de 2010 às 13:16
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A casa de investimento Macquarie considera o Banco Espírito Santo (BES) uma “exposição atractiva”, considerando que o foco da instituição no sector empresarial confere uma “boa alavancagem para mitigar a pressão das margens”.

Numa nota de análise, a que o Negócios teve acesso, sobre o sector bancário, denominado o “Clube Med” dos bancos, a Macquarie destaca como títulos de “exposição atractiva” o UniCredit e o BES, e em contraponto surgem as acções do BBVA, do SAB, EFG e Alpha, com estas instituições a serem colocadas na lista de investimentos “cautelosos”.

A casa de investimento destaca o BES entre as instituições de média dimensão, considerando que “a exposição doméstica ao sector português de empresas atractiva”, assim como a “opção de crescimento em Angola”.

A Macquarie tem uma avaliação de 5,00 euros e uma recomendação de “outperform”, o que significa que as acções do BES contam com um potencial de valorização de 23,82% face ao “target” da casa de investimento.

E a casa de investimento traça todos os pontos “positivos” no que respeita a investir no BES, destacando o facto desta instituição ser a “mais diversificada” no mercado português, com foco numa estratégia “triângulo” entre a Península Ibérica, África e Brasil.

Além deste factor, a Macquarie realça que o BES é a instituição “melhor capitalizada dos bancos portugueses”, negociando actualmente com desconto em relação ao BPI e aos pares espanhóis.

Do lado negativo, a casa de investimento destaca a “exposição significativa a Espanha” e as preocupações em relação a factores macroeconómicos.

De uma forma geral, a Macquarie tem uma perspectiva positiva para a banca nacional, uma vez que o mercado nacional não se deparou com uma crise no sector imobiliário, da dimensão que países como Espanha passaram, nem de crédito, o que torna “a qualidade dos activos mais resiliente”.

O facto dos três maiores bancos cotados (BCP, BES e BPI) terem “exposições internacionais significativas”, o que confere às instituições “uma fonte potencial de crescimento” fora de Portugal.

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