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Lisboa deverá ter melhor desempenho que bolsas mundiais
A bolsa portuguesa está bem posicionada para ser uma das praças mundiais com melhor desempenho este ano. Pelo menos em termos estatísticos.
A bolsa portuguesa está bem posicionada para ser uma das praças mundiais com melhor desempenho este ano. Pelo menos em termos estatísticos.
A Euronext Lisbon beneficia de uma probabilidade de 54,13% de atingir, em 2008, retornos acima da média dos mercados mundiais, segundo a análise da La Jolla Economics, uma casa norte-americana de "research" e consultoria económica e financeira. Trata-se de uma das probabilidade mais altas, quer entre mercados desenvolvidos como emergentes.
Depois de analisar todas as bolsas representadas no índice de referência mundial MSCI World, a casa norte-americana conclui que metade dos "benchmarks" dos países desenvolvidos deverão ficar aquém da "performance" média das bolsas mundiais.
Já Portugal faz parte da outra metade, correspondente aos mercados que têm mais hipóteses de conseguirem superar o retorno médio do MSCI World. A bolsa nacional tem a oitava probabilidade mais elevada entre os mercados desenvolvidos (54,13%).
A liderar o "ranking" dos países desenvolvidos encontra-se a Grécia, a quem os analistas da La Jolla Economics atribuem 60,99% de probabilidade de bater o desempenho do MSCI World. Entre os dez países melhor classificados na análise, apenas dois não são europeus (Singapura e Nova Zelândia).
Mesmo comparando o caso português com os mercados emergentes, onde as perspectivas de crescimento são, em princípio, superiores aos países desenvolvidos, só oito índices emergentes apresentam probabilidades mais altas que a bolsa nacional.
Correlação entre probabilidade e retornos foi elevada em 2007
A análise da La Jolla Economics à probabilidade de os diferentes mercados nacionais superarem o desempenho médio mundial, faz parte da elaboração anual do "Índice de liberdade económica", publicado desde 1995 em parceria com o "Wall Street Jornal".
Daí que não tenha como objectivo fazer estimativas de retornos, mas apenas analisar os mercados com melhores perspectivas estatísticas. No entanto, a experiência passada revela a existência de uma correlação alta entre as probabilidades atribuídas no começo do ano e o desempenho dos mercados.
No ano passado, as probabilidades mais altas corresponderam aos retornos mais elevados. Aos países desenvolvidos foi atribuída uma probabilidade média de 43,28% de baterem os retornos do índice mundial, enquanto os mercados emergentes tinham uma probabilidade mais alta de 50%.
E foi precisamente este grupo de países a ter o melhor desempenho no ano. Segundo o estudo, o índice MSCI Emerging Markets atingiu uma valorização média de 35,49%. Valor que supera o retorno médio de 14,34% do MSCI Developed Markets. A casa norte-americana não revela os dados descriminados por países.
Também a metade agrupada dos países com a probabilidade mais elevada no início de 2007, tiveram o melhor desempenho. Valorizaram 37,27% em média.