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Leão vê preços do petróleo a recuarem em 2022

A crise energética tem levado a um agravamento sucessivo da matéria-prima há cinco semanas consecutivas. Mas as projeções do Governo apontam para uma diminuição de 1,2% na média anual.

Há um conjunto de razões que estão a levar várias matérias-primas a valoriza    ções. O petróleo é um exemplo.
Jason Lee/Reuters
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Apesar da escalada recente dos preços do petróleo, o Governo antecipa que a valor da matéria-prima recue no próximo ano. Na proposta de Orçamento do Estado para 2022, as projeções do Ministério das Finanças liderado por João Leão apontam para uma desvalorização para 67,80 dólares por barril na média do próximo ano.

"De acordo com as expetativas implícitas nos mercados de futuros, o preço do petróleo deverá situar-se em torno de 68 USD/bbl (57€/bbl) em 2022, valor próximo ao estimado para 2021", refere o relatório. A concretizar-se, representa uma desvalorização de 1,2% face aos 68,60 dólares por barril esperados na média deste ano.

O valor prevê um "cenário de continuação de um forte crescimento da procura mundial, em conjugação com a retoma gradual da oferta da OPEP ao longo desse ano, a qual foi sujeita a cortes de produção significativos desde o surgimento da pandemia". Quanto aos preços das matérias-primas não energéticas, "prevê-se um crescimento mais moderado em 2022 relativamente a um aumento muito acentuado em 2021", acrescenta.

As cotações do "ouro negro" negoceiam em alta há cinco semanas consecutivas, impulsionadas pela crise energética global que tem estado a levar os preços do gás natural para máximos históricos e levou a China a ordenar um aumento da produção de carvão.

 

O contrato de novembro do Brent do Mar do Norte, negociado em Londres e referência para as importações portuguesas, está acima dos 83 dólares, em valores que não atingia desde há três anos. Já o West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, para entrega em novembro ultrapassou os 80 dólares pela primeira vez desde novembro de 2014.

 

Os mercados da energia estão mais apertados perante a maior procura por combustível, numa altura em que a atividade económica recupera e as restrições pandémicas diminuem. Além disso, há uma pressão adicional devido aos receios de que um inverno frio possa intensificar a sobrecarga na oferta de gás.

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