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Laranja está mais sumarenta para os investidores

Os futuros do sumo de laranja poderão subir até 28% no primeiro semestre deste ano, devido às perdas nas colheitas decorrentes das temperaturas extremamente baixas de Janeiro.

22 de Janeiro de 2010 às 14:51
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Os futuros do sumo de laranja poderão subir até 28% no primeiro semestre deste ano, devido às perdas nas colheitas decorrentes das temperaturas extremamente baixas de Janeiro.

A opinião é de James Cordier, fundador da OptionSellers.com. Citado pela Bloomberg, este responsável diz que os futuros do sumo de laranja também poderão ser impulsionados por um aumento do consumo.

“O sumo de laranja está extremamente subavaliado”, afirmou Cordier em entrevista à Bloomberg. “Se continuar a haver optimismo em relação à economia, se essa tendência prosseguir no primeiro e segundo trimestres, o sumo de laranja poderá facilmente negociar a 1,75 dólares por libra-peso”, referiu. Se assim for, esse será o preço mais alto deste produto desde Maio de 2007.

A colheita de 2010 poderá diminuir para 128 milhões de caixas (cada caixa pesa 41 quilos), devido aos danos provocados pelo frio, salientou Cordier.

No passado dia 12 de Janeiro, o Departamento norte-americano da Agricultura disse estimar a colheita em 135 milhões de caixas, o que, a acontecer, será a mais baixa dos últimos três anos. Mas esta projecção não estava a reflectir o impacto da vaga de frio, pelo que a colheita poderá ser ainda menor.

Os futuros do sumo de laranja para entrega em Março seguiam a ganhar 0,7%, para 1,3675 dólares por libra-peso no mercado nova-iorquino. O preço do sumo de laranja disparou 83% nos últimos 12 meses devido às condições atmosféricas adversas e a uma praga nas colheitas, o que fez cair a produção na Florida, salienta a Bloomberg.

Segundo Cordier, os futuros deste produto atingirão 1,50 dólares “relativamente depressa”, à medida que começarem a ser divulgados os danos nas colheitas. A agência agrícola da Florida anunciou que “todos os sectores” desta indústria foram afectados e que as perdas deverão ser da ordem das centenas de milhões de dólares. Os agricultores receiam possíveis danos de longo prazo nas árvores de citrinos, depois de mais de 10 dias com períodos de temperaturas abaixo de zero.

Esta matéria-prima continua bastante sumarenta e esse facto não passa ao lado dos investidores. Em Novembro passado, as posições longas – o que significa que se está a apostar numa subida dos preços – por parte dos gestores de fundos de cobertura de risco e de outros grandes especuladores superavam as posições curtas em 6.386 contratos no mercado de futuros norte-americano ICE, segundo os dados da Comissão de Negociação de Futuros sobre Matérias-Primas (CFTC).

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