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Juros mais altos, inflação e guerra tiram mais de 170 mil milhões ao fundo soberano da Noruega

Os investimentos do Norges Bank desvalorizaram entre janeiro e junho. O CEO, Nicolai Tangen, justifica com a "subida das taxas de juro, o aumento da inflação e a guerra na Ucrânia".

Bloomberg
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O fundo soberano da Noruega registou um retorno negativo na primeira metade do ano, segundo dados divulgados esta quarta-feira pelo gestor Norges Bank. O CEO Nicolai Tangen indica, como razões para este desempenho, que "o mercado tem sido caracterizado pela subida das taxas de juro, o aumento da inflação e a guerra na Ucrânia".

Taigen acrescenta ainda que "as ações de tecnologia têm tido um impacto muito negativo, com uma perda de 28%". De acordo com o presidente executivo, a energia foi a única exceção à regra: na primeira metade do ano, o setor energético gerou um retorno positivo de 13%. "Temos assistido a uma subida rápida dos preços do petróleo, gás e produtos refinados", refere.

Feitas as contas, a maior fundo soberano do mundo, com sede em Oslo, registou um declínio de 14,4% na sua carteira de investimentos ao longo dos primeiros seis meses do ano, valor equivalente a 1,68 biliões de coroas norueguesas (ou 170,4 mil milhões de euros à taxa de câmbio atual).

O retorno, em termos de ações, que contabiliza mais de dois terços do total do fundo, foi de -17%. Nos investimentos em dívida o retorno foi de -9,3%, ao passo que as infraestruturas para a produção de energias renováveis recuaram 13,3%. A única exceção foi o imobiliário não cotado em bolsa que ganhou foi de 7,1%.

A 27 de fevereiro o fundo decidiu deixar de ter ativos na Rússia, como resposta à invasão russa da Ucrânia, mas teve problemas com a implementação da decisão depois da Rússia ter banido estrangeiros de participar no mercado bolsista do país.

No final de junho deste ano, o fundo soberano tinha um valor total de 11,657 biliões de coroas norueguesas - 68,5 estava investido em ações, 28,3% de investimentos em dívida e 3% em imobiliário não cotado e 0,1% em infraestruturas para a produção de energias renováveis.
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