A bolsa nacional continua a subir, impulsionada pela Jerónimo Martins e pela Cimpor, que já esteve a disparar mais de 5%. A banca, pelo contrário, está a desvalorizar e o BPI já caiu para um novo mínimo histórico.

O PSI-20 ganha 0,23% para 6.086,83 pontos, contando com a valorização de nove cotadas. A praça portuguesa contraria o comportamento das bolsas europeias, que seguem a perder, com o adiamento das conclusões da revisão do progresso da Grécia no resgate internacional.

O Stoxx Europe 600, índice que reúne 600 cotadas do Velho Continente, perde 0,22%, embora a própria bolsa da Grécia seja a excepção entre as principais praças da Europa Ocidental, já que avança mais de 1%.

Na praça nacional, a Jerónimo Martins continua a ser a empresa que mais dinamiza, com um ganho de 1,31% para 12,805 euros. A retalhista subiu ontem mais de 4%, impulsionada pela informação de que será em finais de Outubro ou princípios de Novembro que se saberá qual o mercado em que a dona do Pingo Doce vai entrar, depois da presença em Portugal e na Polónia. A concorrente Soane está a 0,59% para 0,507 euros.

A Cimpor é outro destaque entre as cotadas que mais avançam no índice nacional. A cimenteira esteve já a disparar 5%, estando agora a somar 3,8% para 5,131 euros.

Entre as valorizações estão também a EDP Renováveis, que ganha 1,17% para 4,337 euros, e a EDP, com um avanço de 0,54% para 2,415 euros.

O presidente da Eletrobras está esta semana em Portugal para conhecer as condições de privatização da EDP e o director financeiro da brasileira afirmou, segundo o “Globo”, que não quer ser apenas um accionista nem vai entrar no capital da eléctrica apenas para receber dividendos, pretendendo entrar no Conselho de Administração.

Ainda no sector energético da bolsa nacional, a Galp Energia desce 0,14% para 14,35 euros.
Já a banca está no vermelho. O BPI cai 1,23% para 0,64 euros, tendo descido a um novo mínimo histórico nos 0,639 euros. O BES desliza 0,73% para 1,911 euros, ao passo que o BCP segue nos 0,918 euros, ao desvalorizar 2,46%.

A excepção no sector é o Banif, que soma 0,49% para 0,408 euros. O banco liderado por Marques dos Santos recupera das perdas superiores a 3% de ontem, quando foi penalizado pelo anúncio de que quer fazer um aumento de capital.

Por sua vez, a maior queda no PSI-20 é registada pela Mota Engil. A construtora está a afundar 5,42% para 1,048 euros, aproximando-se de mínimos de 2001.