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Integrar apenas a Optimus numa fusão entre Sonaecom e Zon é "natural"

Uma operação de consolidação continua a ser considerada pelos especialistas como "positiva" tanto para a Zon Multimédia como para a Sonaecom.

22 de Outubro de 2012 às 11:45
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A fusão entre a Sonaecom e a Zon Multimédia continua a ser positiva para as duas empresas, segundo os especialistas do sector. Neste momento, estarão em curso conversações entre ambas para uma fusão que vai integrar apenas a Optimus, de acordo com o “Diário Económico”. Algo que é natural para os analistas.

“Temos defendido os méritos da operação e o facto de as condições parecerem agora mais favoráveis do que nunca”, começam por referir os analistas Pedro Oliveira e João Urbano, do BPI Equity Research, que, em Setembro, escreveu uma nota de “research” em que salientou que “praticamente todas as peças estão encaixadas” para que a fusão se concretize.

“Integrar apenas a Optimus parece natural”, continuam os dois especialistas na nota diária da casa de investimento. O “Diário Económico” escreve que as duas empresas têm estado em contacto para definir os moldes de uma integração que envolve apenas a operadora de telecomunicações móveis.

As conversações estão “numa fase adiantada”, revela o mesmo jornal, que salienta que o objectivo será aproveitar a complementaridade entre o negócio de televisão paga da empresa presidida por Rodrigo Costa e o negócio das telecomunicações móveis da Sonaecom. Ficarão de fora o Software e Sistemas de Informação e a unidade de media (em que se inclui o “Público”) da cotada liderada por Ângelo Paupério (na foto) desta fusão.

Na opinião do BES Investimento Nuno Matias, “grande parte das poupanças viria sempre das unidades de telecomunicações dos dois grupos”. “Devemos ter em mente que, para a Sonaecom, isto representou cerca de 98% do EBIDTA do grupo no primeiro semestre”, acrescenta o analista Nuno Matias.

A possibilidade de a consolidação passar apenas pela integração da operadora de telecomunicações móveis “não altera significativamente o racional e o valor potencial das sinergias de uma fusão entre as empresas”, segundo o BESI, que fala em sinergias de 330 milhões de euros, nomeadamente em gastos futuros (OPEX e CAPEX). O BESI fala em sinergias na ordem dos 261 milhões de euros para 2013.

Tanto o BPI Equity Research como o BESI, que têm vindo a salientar os pontos positivos de uma operação, atribuem recomendações de “comprar” para os títulos das duas empresas.

Uma história com cinco anos

A notícia de hoje do “Diário Económico” volta a trazer para cima da mesa uma fusão entre as duas empresas do sector das telecomunicações, que poderá criar um forte concorrente para a Portugal Telecom. Algo que é falado desde 2007.

Em Setembro, na mesma semana em que o BPI Equity Research lançou a nota de “research” a enunciar que “praticamente todas as peças estavam encaixadas” para que a fusão avançasse, Miguel Almeida, presidente da Optimus, veio dizer que a operação “faz sentido”. O também vice-presidente da Sonaecom disse que a consolidação geraria “valor para o mercado na medida em que cria um operador mais completo e com posição mais forte, gera valor para os accionistas", em declarações que se baseavam no facto de Isabel dos Santos ser agora detentora de 28,8% do capital da Zon, bastante acima da posição de há um ano.

A Sonaecom acabou por ter de esclarecer ao mercado que não havia quaisquer desenvolvimentos em torno deste tema. “Não existe, de resto, sobre este tema, qualquer informação que a Sonaecom deva prestar ao mercado em obediência à lei geral ou aos regulamentos da CMVM”, disse, em Setembro, a empresa liderada por Paupério.

Ainda não foi possível obter esclarecimentos da CMVM relativamente à notícia de hoje do “Diário Económico”.

Neste momento, a Sonaecom segue a ganhar 2,68% para negociar nos 1,377 euros, enquanto a Zon soma 0,65% e está nos 2,315 euros.

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